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ESCRITOS DO DIA A DIA

ABELHAS NATIVAS: PRESERVAÇÃO, POLINIZAÇÃO....
30.12.2011

 
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bergson
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MensagemEnviada: Ter Jun 06, 2006 8:13 am    Assunto: ABELHAS NATIVAS: PRESERVAÇÃO, POLINIZAÇÃO.... Responder com citação

Abelhas sem ferrão, a importância da preservação

Abelha Uruçu

Foto: Bergson Vasconcelos

A criação racional das abelhas da tribo meliponini e da tribo trigonini é denominada de meliponicultura. Conhecidas popularmente como abelhas sem ferrão ou abelhas nativas ou indígenas, essas abelhas possuem ferrão atrofiado, não conseguindo utilizá-lo como forma de defesa. Algumas espécies são pouco agressivas, adaptam-se bem a colméias racionais e ao manejo e produzem um mel saboroso e apreciado. Além do mel, essas abelhas podem fornecer, para exploração comercial, pólen, cerume, geoprópolis e os próprios enxames. Outras formas de exploração são: educação ambiental, turismo ecológico e paisagismo.

Entrada "Boca de Cravo"

Foto: Bergson Vasconcelos

A polinização é outro produto importante fornecido pelos meliponideos. Uma vez que não possuem o ferrão, as abelhas nativas podem ser usadas com segurança na polinização de espécies vegetais cultivadas no ambiente fechado da casa de vegetação. Além disso, algumas culturas, necessitam que, durante a coleta de alimento, a abelha exerça movimentos vibratórios em cima da flor para liberação do pólen. Esse comportamento vibratório é típico de algumas espécies de abelhas nativas, mas não é observado na abelha africanizada (Apis mellifera), que não consegue ser um agente polinizador eficiente em algumas culturas.

No Brasil são conhecidas mais de 400 espécies de abelhas sem ferrão que apresentam grande heterogeneidade na cor, tamanho, forma, hábitos de nidificação e população dos ninhos. Algumas se adaptam ao manejo, outras não. Embora vantajosa, a criação racional dessas abelhas é dificultada pela escassez de informações biológicas e zootécnicas, pois muitas sequer foram identificadas ao nível de espécie.

Abelha Rainha

Foto: Bergson Vasconcelos

Devido a essa diversidade, é fundamental realizar pesquisas sobre comportamento e reprodução específicas para cada espécie; adaptar técnicas de manejo e equipamentos; analisar e caracterizar os produtos fornecidos e estudar formas de conservação do mel que, por conter mais umidade do que o mel de Apis mellifera, pode fermentar com mais facilidade. A alta cotação do preço do mel das abelhas nativas no mercado, que em média varia de R$ 15,00 a 50,00 cada litro, aliada ao baixo investimento inicial e a facilidade em manter essas abelhas próximo das residências, tem estimulado novos criadores a iniciarem nessa atividade.

Entretanto, muitos produtores em busca de enxames para povoarem os meliponários, acabam atuando como verdadeiros predadores, derrubando árvores para retirada das colônias, que, muitas vezes, acabam morrendo devido a falta de cuidado durante o translado e ao manejo inadequado.

Outra causa da morte das colônias é a criação de espécies não adaptadas à sua região natural. É relativamente comum que produtores iniciantes ou experientes das regiões Sul e Sudeste do Brasil queiram criar abelhas nativas adaptadas às regiões Norte e Nordeste, e vice-versa. A falta de adaptação dessas abelhas às condições ambientais da região em que são colocadas acabam por matar as colônias, podendo contribuir para a extinção das mesmas.

A quantidade de colônias nos meliponários também é um fator crucial para preservação das espécies. Várias pesquisas indicam que, quando a espécie criada não ocorre naturalmente na região do meliponário, são necessários pelo menos 40 colônias para garantir uma quantidade de alelos sexuais e evitar que os acasalamentos consangüíneos provoquem a morte das mesmas em 15 gerações. Embora somente três espécies de abelhas estejam na lista de animais em risco de extinção do Ibama (Exomalopsis (Phanomalopsis) atlantica; Melipona capixaba e Xylocopa (Diaxylocopa) truxali), e dessas somente a Melipona capixaba é social, sabe-se que nas reservas florestais a quantidade de ninhos de abelhas sem ferrão vem se reduzindo ano a ano.

A extinção dessas espécies causará um problema ecológico de enormes proporções, uma vez que as mesmas são responsáveis, dependendo do bioma, pela polinização de 80 a 90% das plantas nativas no Brasil. Assim, o desaparecimento das abelhas causaria a extinção de boa parte da flora brasileira e de toda a fauna que dependa dessas espécies vegetais para alimentação ou nidificação. Conscientes do problema, o governo brasileiro, por meio do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) publicou no Diário Oficial da União em 17 de agosto de 2004 a RESOLUÇÃO Nº 346 DE 06 DE JULHO DE 2004, que disciplina a utilização de abelhas silvestres nativas, bem como a implementação do meliponário.

Contudo, sabe-se que somente a criação de uma legislação normativa não é suficiente para preservação de espécies da fauna e flora nativa. É necessário, também, um programa informativo visando a capacitação e sensibilização para que os produtores não só sejam conscientizados, mas também sejam capazes de mobilizar e informar aos seus vizinhos sobre o problema.

A criação dos meliponídeos deve ser realizada com responsabilidade para evitar a extinção das abelhas e, a médio e longo prazo, a extinção da flora e fauna que dependem direta ou indiretamente desse importante agente polinizador.


Foto: Bergson Vasconcelos


Foto: Bergson Vasconcelos
www.abelhaebonsai.com.br

Obs.:
Fonte das Informações: Fábia de Mello Pereira, Pesquisadora da Embrapa Meio-Norte, Teresina-PI.
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darkaso
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MensagemEnviada: Ter Jun 06, 2006 6:21 pm    Assunto: Responder com citação

Bergson,


grande matéria. Realmente pouco se dá importância a um bichinho tão pequeno. Essa relação entre fauna e flora é muito íntima e não pode ser quebrada por ganância. É importante que você como criador tenha salientado essa questão para mostrar que tudo, com moderação, dá pra tirar da mãe natureza sem prejudicá-la.

Parabéns.
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bergson
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MensagemEnviada: Ter Jun 06, 2006 6:57 pm    Assunto: Responder com citação

Caro Darkaso,


Por vezes embriagados pela estética do bonsai, esquecemos que para existirem em sua plenitude precisam ser polinizados e com isso fecharem o ciclo da perpetuação das espécies.

Qualquer prática em esteja envolvido o homem e o meio ambiente existirá também as plantas e os insetos.

Junto a minha paixão por bonsai e abelhas está a prática que venho cultivando há 20 anos em reflorestar meu sítio, era uma árida paisagem tão somente formada por cana e hoje possui uma mata parcialmente formada.

Sei que aliar paixão e racionalidade é tarefa árdua e contínua, mas como sempre afirmo não desisto nunca, é acima de tudo responsabilidade nossa entregar as futuras gerações um ambiente ao menos igual ao que recebemos.

[]s

Bergson
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darkaso
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MensagemEnviada: Ter Jun 06, 2006 7:40 pm    Assunto: Responder com citação

Bergson,


belas palavras, espero que muitos às leiam e coloquem em um cantinho da conciência.


T+
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bs_freitas
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MensagemEnviada: Ter Jun 06, 2006 7:45 pm    Assunto: Responder com citação

Bergson!!!,

Exelente matéria!Eu que sempre tive vontade se ser apicultor tbm,quando era menor um colega de meu pai trouxe um pote de mel da itália,o qual era em sua maioria produzido pelo pólem de laranjeira,era delicioso o mel.Des de então eu comecei a prestar um pouco mais de antenção para as abelhas,mas nada mais aprofundado.Quem sabe um dia eu tenha umas colmeias nativas!?Abraço.
_________________
Bonsai para sempre....

Bruno S.Freitas

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Yahoo Grupos: http://br.groups.yahoo.com/group/salvadorbonsaiclube/

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Centenaro



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MensagemEnviada: Dom Jun 11, 2006 3:56 pm    Assunto: Responder com citação

Bergson, as abelhas sem ferrão são encantadoras, e produzem um de saber incomparável as abelhas africanizadas, pena seu preço ser um tanto elevado

Muito boa matéria, gostaria de saber qual os tipos de meliponideos que você cria eu seu sitio?

Eu possuia uma caixa de jataí, mais acabei dando ela a um amigo, pois dentro da cidade eles não estavam produzindo quase nada de mel, além disso o mel era de baixa qualidade, e este amigo possui um sítio, espero que lá ela produza bastante.

A outra duvida, como você faz para caputar novas colméias?

Desde de já obrigdo
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Ivanil Pimentel Vieira
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Localização: coronel vivida pr

MensagemEnviada: Qui Ago 31, 2006 11:18 pm    Assunto: Responder com citação

Olá Para Todos,

Bergson, muito interessante tua matétia sobre abelhas.Fiquei de te enviar
mp para conseguir alguns dados sobre as abelhas sem ferrão, mas infeliz
mente não o contatei.

Centenaro, estou iniciando a criação de alguns enxames de jataís.Já adqui
ri um que ainda se encontra num toco que se encontrava caído na mata,
e comprei 4 colméias com enxame que ainda não fui apanha-las, já que terei que buscar bem a tardinha ou dia de baixa temperatura.

Quanto a captura de enxames poderá ser feito com outra caixa próxima
do local que outro enxame se encontre, tendo -se o cuidado de colocar
dentro da colméia alguns residos de outro ninho.Verificar constantemente
se a colméia não foi invadida por formigas ou outros insetos.Depois do en
xame entrar na colméia, permanecer com a caixa por algum tempo no mesmo local, pois o novo enxame ainda precisará de alimentos que irá
buscas na coméia mae.

Existe outra possibilidade de se colocar uma garrafa p´ets, toda revestida
de plástico preto e com um pouco de cêra de outro enxame bem na entra
da da garrafa.Estou testando tanto a colméia, como a garrafa.Mas isso
só irá ocorrer no forte do verão.

Acabei de receber um modelo de colméia a PNN, vinda de Minas Gerais para sair do tradicional que só vi por aqui, que é uma simples caixa com
tampa.

Acho que existia alguns problema para teu enxame produzir pouco, por
que mesmo nas cidades, bem é o caso do minha, existe muito mais flora
das na cidade do que no interior, não contando a diversidade de árvores
floríferas .Outro fator é a pequena quantidade de mel que os jataís produ
zem, mas é compensado pelo alto teor medicinal dos mesmos, superando
em muito os das abelhas com ferrão.Na minha capital adquiri mel a R$
120 o kg, e ainda mais caro em Cascavel Pr, o mel de jataís é vendido por R$l50,00, não sobrando nada, toda a produção é vendida, até mesmo
para o exterior.Eu acho que o tamanho da tua colméia é que estava impe
dindo a produção do mel. Falei com alguns moradores do interior, que me
falaram que seus jatais, produzem um kg e até mais por ano.É aconselha
do se consumir sòmente uma colherinha de mel de jataís ao dia, é o sufi
ciente, até mesmo para uma pessoa adulta.

Bom, ao mesnos são as informações que acabei de conseguir, o Bergons
com certeza irá nos orientar ainda mais.

Já recebi um curso em CD para criação de jataís, mas como ainda estou
enfrentando problemas de viros no computador que só será solucionado
no final da semana ainda não ví o conteúdo, mas pelos informes do vende
dor é o suficiente para adentrar-mos com todos os dados suficientes para
dar-mos o atendimento necessário aos jataís.Bem como l2 modêlos de
colméias próprias para a criação das abelhas.

Penso ao menos ter ajudado um pouco!

Um abraço,

Ivanil
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Marquitus
2.o PASSO
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Registrado: 10/04/06
Mensagens: 257
Localização: Bento Gonçalves - RS

MensagemEnviada: Sex Set 01, 2006 8:20 am    Assunto: Responder com citação

Ótima matéria, sempre achei as abelhas lindas mesmo sendo perigosas por causa dos seu ferrões, muitos ficam com medo das abelhas por causa desse ferrão, esse eu acho que é o principal motivo que está tornando mais acelerado o seu desaparecimento, nós temos muita sorte por elas produzirem o maravilhoso mel, por que se não tivessem esse benefício a humanidade, o problema seria muito mais grave.

Um abraço a todos.
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Ivanil Pimentel Vieira
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Registrado: 21/12/05
Mensagens: 1504
Localização: coronel vivida pr

MensagemEnviada: Sex Set 01, 2006 11:04 am    Assunto: Responder com citação

Olá Para Todos!

Marquitus,
Quem não se encanta em ver as abelhas sem ferrão trabalhando exausti-
vamente para a produção do mel.Produzem pouco em comparação as
aberlhas comuns com ferrão, mas seu mel é muito superior as da Apis
mellifera.E podemos telos até mesmo em nossas varandas.

Tenho um amigo que possui um filho deficiente físico, e que acaba de colo
car uma colméia(caixa) de jataís em uma varanda, e nos comentou que o
filho deficiente passa várias horas observando o trabalho com os valentes
jataizinhos, disse que não ve a hora de que tenhamos a entrada do verão
para adquirir mais uma colmeia para o filho.Ao menos pelo que estou
observando eles só trabalham nos dias quentes e com boa luminosidade.

O mel dos jatais possui 45% de Levulose(frutose), 28% de Dextrose (glico
se) e com uma umidade de 27 %.Exames registram a presença de de anti
bióticos nos méis de abelhas jataís e outros Meliponídeos.

Devemos todos nós, orientar-mos quem iniciar a prática de criação de abe
lhas para que não derrubem árvores pelo simples fato de se conseguir o
caríssimo mel ou de poder ostentar mais um enxame de abelhas!

Conseguir enxames sim,destruição de enxames e de árvores não!

Um abraço,

Ivanil
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Marcus Vinicius



Registrado: 24/08/06
Mensagens: 75
Localização: POA-RS

MensagemEnviada: Dom Set 03, 2006 7:51 pm    Assunto: Responder com citação

BERGSOM ÓTIMA MATÉRIA SOU AQUI DE POA/RS, E TRABALHO COM PÓLENS 3 ANOS E ESTOU QUERENDO FAZER MEU MESTRADO COM ANÁLISE DE MEL, MAS A DIFICULDADE É ENCONTRAR ORIENTADOR AQUI NO SUL.
ABRAÇO
_________________
A paciência é o resultado de muitos frutos que serão colhidos.
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Ivanil Pimentel Vieira
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Registrado: 21/12/05
Mensagens: 1504
Localização: coronel vivida pr

MensagemEnviada: Seg Set 04, 2006 10:01 am    Assunto: Responder com citação

Olá Marcus,

o Bergson se encontra ausente até o dia 07, vamos aguardar até lá.

Estou sugerindo que vc crie um Tópico em variedades ou até mesmo neste do Berson para falar de tua experiência com Pólens, pois é uma
matéria de grande interesse de todos os baonsaístas.

Um abraço,

Ivanil
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Scherer



Registrado: 20/11/08
Mensagens: 30
Localização: Palmeira das Missões-RS

MensagemEnviada: Qui Jan 22, 2009 11:31 am    Assunto: Responder com citação

Muito bom o tópico, pena que spmente agora tomei conhecimento.

Eu tenho para consumo próprio, umas 4 colméias de Apis Mellifera, e uma colméia de Irapuá, que é abelha sem ferrão (esta dentro do meu quintal na cidade).

SCHERER
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Ivanil Pimentel Vieira
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Registrado: 21/12/05
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Localização: coronel vivida pr

MensagemEnviada: Qui Jan 22, 2009 1:57 pm    Assunto: Responder com citação

Scherer,

O Tópico estava esquecido e acabei de ler em sua íntegra.

Continuo com minhas caixas de jataís que estão produzindo muito bem dentro da cidade.Não adquiri outras caixas para não prejudicar o trabalho dos mesmos, pois pelo que aprendi as caixas devem ficar a uns 10 mts das demais.

O Irapuá que vc se referiu é o pretinho que se agarram nos cabelos dos que chegam perdo deles?E a espécie produz mél?

Um abraço, Ivanil
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Scherer



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Mensagens: 30
Localização: Palmeira das Missões-RS

MensagemEnviada: Seg Jan 26, 2009 7:07 pm    Assunto: Responder com citação

Ivanil,

A abelha Irapuá ou Irapuã ( Trigona rufricus), citando descrição no livro: Abelhas Indigenas Sem Ferrão Jataí, autor Irineu Fabichak, editora Nobel, à pág 43 , diz que: é uma abelha social, da família dos meliponídeos. Mede entre 6.5 a 7mm de comprimento. É preta, reluzente. Seu ninho é pendurado em árvores, com 50cm de diâmetro e revestido por fora com folhas quebradiças. O mel não é de boa qualidade. A Irapuá se presta para a polinização d e determinadas flores, apreciando muito as bananeiras. Já se verificou mas de 40 abelhas num único cachimbo de bananas. Fustigando-se o seu ninho, as abelhas se enroscam nos cabelos, mas são inofensivas. Também são conhecidas por "arapuã ou arapuá.

Quanto a produção de mel, tem uns cinco anos a colméia, e eu nunca retirei ou abri para coletar mel, portanto não sei quanto a qualidade, quantidade ou sabor, sei que se extrai com uma seringa grande, de dentro de umas bolotas. Esta colÕnia, eu encontrei no mato, a árvore em que estavam, havia caido devido a uma tormenta forte, pois estava meio podre a madeira, as abelhas iriam perecer, aí coloquei em uma caixa, pois era inverno, muito frio, pouca atividade das abelhas, então trouxe para acidade, e estão em meu quintal até hoje, é mais para preservar, e todo ano na primavera elas enxameiam, Se mexer ou ficar na frente da saída da colméia, elas se enrolam nos cabelos, e soltam um odor bem característico da espécie(o cheiro é bom!!), mas sem problema algum, basta se afastar e ir retirando elas, ou então usar máscara telada. Qua ndo no inverno aqui do Rio Grande, a temperatura baixa dos 12 graus, a atividade das Irapuás cessa ou se reduz muito, mas basta op tempo esquentar um pouco, que elas já se agitam.

Aqui tem muito também a abelha mirim(Trigona minima), que é muito pequena (2.5mm). Nidifica em cavidades de muros, postes e paredes. Aqui na minha casa tem uma duas colônias muito antigas.

Há um tempo atrás, troquei informações com um criador de Fardim do Seridó-CE, e ele me mandou um informativo sobre colméias, e também comercializava enxames. Mas imagina atravessar o Brasil, teria que vir de avião, mas ele diz que envia para qualquer lugar. Vou procurar as correspondências( está guardado, só tenho que localizar) e qualquer coisa te passo algumas informações se for de seu interesse.

Sem mais, um cordial abraço, e gracias

SCHERER
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Ivanil Pimentel Vieira
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Registrado: 21/12/05
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MensagemEnviada: Ter Jan 27, 2009 10:40 am    Assunto: Responder com citação

Scherer,

obrigado pelas informações ref. aos enxames de Irapuá e experiências vividas por vc.

Estou com problemas com Irapuás num reflorestamento de eucalipto com ataque danificando e causando grandes prejuizos já que são árvores plantadas em 2008.Atacam a parte mais alta das plantas ocasionando o surgimento de um líquido pastoso.Como é uma constatação recente ainda não sei as consequências que poderão advir, mas no mímino ocorrerão novas brotações prejudicando a árvore para seu aproveitamento em serrarias.Meu interesse por êles é saber seu habitat, e tudo que possa me ajudar para solucionar o problema.Pensei em descobrir seus enxames na mata e transporta-los para outros locais ou até mesmo colocar em caixas para serem doadas mas para isso precisava de alguns dados como o local que costumam se alojar e o aproveitamento do seu mel.
Não pretendo destruir seus enxames por uma questão de princípios e até mesmo por saber do trabalho que exercem na natureza.

Estou agradecido!

Um abraço - Ivanil
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