FÓRUM do Atelier do Bonsai - Mário A G Leal

[Rildo]

Olá Mario, pessoal...........

Olhem esta seguência, está sendo usado cola .
Mario, com o crescimento das laterais (os troncos rachados) esta cola não irá quebrar (descolar)



Só deu uma dor no coração na foto do facão

Favor comentarem

http://koi-z-are-us.20m.com/esc01.htm
_________________
Abraços

Rildo

[Mário A G Leal]

Rildo, acredito que o nosso amigo deva ter usado parafuso embora não citando especificamente. A própria degeneração da madeira morta, embora suficientemente protegida, acabará descolando por melhor que seja a cola. No meu trabalho usei massa plástica, esta usada para conserto de lataria de automóveis, depois usei pregos.

[Charles]

Oi Mário... pessoal do forum.. tudo bem?

Esse assunto... tanuki/madeira arrastada tá me dando uma coceira....
.... faz tempo que quero tentar.... quem sabe agora vai?...

Para os que já fazem, queria alguns esclarecimentos:

1- existe um líquido transparente (não sei o nome) à base de silicone, que se usa para impermeabilizar tijolos expostos, tipo de churrasqueiras. Será que funciona? Ele é transparente, sem brilho e com silicone, portanto, imagino que possa ser uma boa... Alguém conhece ou já usou?
Já usei calda sulfocáustica mas ela não resistiu na parte que fica na terra. Apodreceu como se nao estivesse protegida.

2- pregos ou parafusos não podem ser mantidos na planta "para sempre"? Por que teriam que ser retirados?

Mário, como vai a Árvore do Urso? Poste fotos quando houver novidades, ok?
Sergivaldo, voce deve ter madeira fantásticas para tanuki não???.. Com os yamadori que faz por aí, deve encontrar também muita madeira morta, não é?
Ratto, voce tem fotos do seu tanuki de junipero?

Abraços,
Charles

[Mário A G Leal]

Charles, este líquido conheço com o nome de silicone e é vendido em lojas de construção. Faz alguns anos apliquei nos tijolos aqui em casa. Não sei se funcionaria. Estou procurando um esmalte sem brilho que, acredito, dara uma durabilidade de muitos anos.

A repeito dos fixadores (pregos ou parafusos) penso que não haveria problema em deixá-los no local.

A árvore vai bem mas a madeira, embora bastante tratada com calda está pigmentando. Vou ter que rever esta parte.

Ratto, já somos dois pedindo coloque seu trabalho para termos idéia.

[Cláudio C. Ratto]

[Sergivaldo]

Olá Pessoal,

Apesar dessa técnica de acoplar uma árvore viva à outra, morta, não ser muito bem aceita pelos japoneses, acho-a bastante interessante.

Já tentei uma vez, com um Pithecellobium dulce, mas o resultado final não me agradou muito. Agora, como diz o Charles, que dá uma vontade danada de fazer, isso é verdade. Acho que vou tentar novamente.


"Sergivaldo, voce deve ter madeira fantásticas para tanuki não???.. Com os yamadori que faz por aí, deve encontrar também muita madeira morta, não é? "

(Charles)

Charles, de fato tenho facilidade em conseguir um bom material para tanuki. Estou com dois troncos partidos, que foram dois yamadori's mal sucedidos (infelizmente isto ocorre...), muito bonitos. Guardei-os, pois até hoje não me conformei em perdê-los. Mas, há muitos troncos secos que também dão uma excelente matéria prima para o tanuki. Vou começar a coletar também esse tipo de material.

Ah!, também gostaria de ver o trabalho do Ratto: agora somos três!!!

Um abração,

Sergivaldo

[Mário A G Leal]

Não me esqueço quando em 1998, em Pelotas-RS, onde fui ministrar curso e levei Hidaka para demonstração com seus pinheiros, através da Ribeirão Preto Bonsai Kai, na tentativa de levar mais conhecimento por lugares mais distantes. A Associação não deu certo mas...o Evento foi bom. Depois do almoço, um dos alunos trouxe uma estrutura de árvore morta, bastante encorpada e pequena. Parecia ser uma "nana". Por alguma razão morreu e o aluno queria mostrar e falar do acontecido. Quando ele terminou de contar a "tragédia" com sua árvore eu perguntei:
- O que você vai fazer com esta estrutura?
- Nada - respondeu ele - Você quer para você?
- Quero - respondi.
- Então tá! É sua.

Fiquei olhando aquele estrutura de árvore bem modelada que deveria ter, pelo menos, uns 25 a 30 anos com uns 35 cm de altura. (Tenho comigo ainda hoje!).
Olhei novamente para a árvore morta e perguntei:

- É minha mesmo? Tem certeza?
Ele confirmou:
- Sim, é sua!

Neste momento, como sempre faço para chamar a atenção, estava falando mais alto. Muita gente já estava interessada na conversa. Então eu disse:
- Que bom, pois esta árvore está viva. Vá a Ribeirão Preto daqui a 6 meses e você comprovará.

Hidaka, que estava bem próximo e olhava atento.
Nisto, o aluno ficou olhando para mim e a sua volta sem entender nada. Eu....sorria. Bem, a árvore era minha agora.

Vamos deixar o resto da história para depois. Quero chegar ao Tanuki, razão do texto.

A partir deste momento, todas as vezes que Hidaka vinha falar comigo, começava assim

- Hái Tanuki San!

Isto foi a tarde toda do Sábado até que, acabamos os dois num restaurante para jantar e eu já não me aguentava mais para saber que "raio" de Tanuki era aquele. Então, finalmente, perguntei:

- Hidaka, o que é "Tanuki" afinal?

Ele deu aquele sorriso, tranquilo, deu um gole na cerveja e riu:

-Ah! Ah! Ah! árvore tá viva né, Tanuki San?! - E riu mais ainda.

Desde esta data, nunca mais me chamou de Mário. Recentemente, vi a relação quando descobri que se usa a expressão Tanuki para o trabalho de madeira arrastada que ele, naquele momento da conversa com o aluno, de imediato percebeu.

- Hái, Tanuki San!
- Hái Hidaka San!

-Hái para todos!
_________________
Seu amigo no bonsai
Mário A G Leal

[Tecnolobo]

[Mário A G Leal]

No dia 16 de Outubro de 2004, mostrei a Árvore do Urso, experiência em madeira arrastada, "Tanuki bonsai", como queiram. Fiz uma poda na copa para mostar o urso melhor e para que a árvore se recomponha mais abaixo. Espero que isto aconteça.

_________________
Seu amigo no bonsai
Mário A G Leal