FÓRUM do Atelier do Bonsai - Mário A G Leal

[Helio Mayer]

Meus pais saem pra caminhar e viram esses frutos numa árvore bastante grande. Pedi uma folha da árvore pra eles mas anda chovendo muito por aqui e eles não saíram mais. Espero que possa ser identificado. Abraço
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"Posso não concordar com uma palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo" Voltaire

[Leandro Ferraz]

Parece com o piqui mais ta meio estranho

raspa essa poupa amarela e ve se tem espinhos cuidado....
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Não são as espécies mais fortes que sobrevivem,
nem as mais inteligentes,
e sim as que respondem melhor à mudança.
(Charles Darwin)


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[Helio Mayer]

Só sei que não parece comestível, pois tem um cheiro meio esquisito
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[Renato Rodrigues Roehrs]

Nunca vi isso por aqui... diferente!

Abraços.
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"Se tá morto; retífica, se tá vivo; tesoura."
Professor Mauri

[nickyfury]

O fruto do pequizeiro é bem diferente desse. Vejam a imagem abaixo:







Ainda a propósito do pequizeiro, importante ressaltar que é uma espécie nativa do centro oeste brasileiro, e dificilmente seria encontrado no sul. Eis um link para ler mais sobre a fruta e a planta:

http://prazeresdamesa.uol.com.br/exibirMateria/238/fruto-do-cerrado
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que a compreensão liberte a energia criativa que existe em nós.


http://www.brasiliabonsaiclube.com (faça-nos uma visita, vc é sempre bem vindo)

[Renato Rodrigues Roehrs]

Nick, o Pequi é saboroso?

A cara é ótima!

Abraços.
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Professor Mauri

[nickyfury]

Renato, particularmente não como pequi. O cheiro e o gosto me repugnam. Tenho amigos, porém, que adoram. Por causa deles, aqui na minha chacara, onde resido, tem 8 pequizeiros, de diversos tamanhos, produzindo uma boa carga, todo ano. Reservo os frutos para esses "felizardos".

Agora, saboroso mesmo é o licor feito com o fruto. Licor de Pequi é tudo de bom, desce mais redondo que "skol", principalmente na sobremesa. Mas para apreciar, prefiro comprar o licor pronto, na cidade goiana de Caldas Novas. O pessoal capricha nessa bebida por lá.

Além de não apreciar o cheiro forte da fruta, tem ainda o problema dos espinhos. Mais de um amigo ou conhecido experimentou dores intensas com eles, bem como uma cirurgia das mais demoradas e dificeis para retirar, da garganta, alguns espinhos desse fruto. Claro, quem entende do riscado e consome o fruto com cautela e conhecimento de causa, não passa esses apuros. Apenas os neófitos é que caem na gula e acabam, literalmente, se "estrepando".
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[Renato Rodrigues Roehrs]

E espinhos dentro do fruto Nicky? Nossa!

Quanto ao licor, fiquei interessado... hehehe!

Abraços e obrigado.
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Professor Mauri

[Lenio Nascimento]

Amigos,

Aqui em Minas o pequi é um fruto muito utilizado e gostoso.
É quase igual o chimarrão para os pampas.





abraços,

LENIO

[nickyfury]

Renato, vê como alguns realmente sabem apreciar o fruto? Olha só a resposta do Lenio, comparando pequi com chimarrão.

Um queima a boca, aos incautos e apressados, que não sabem como usar a bomba. Outro, os espinhos descem fixando-se no fundo da garganta, ou então presos na lingua.

Fico então com o licor de pequi e o vinho gaucho, é mais tranquilo e não sofro tanto. Beber com moderação, claro.
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[Renato Rodrigues Roehrs]

Muito bom!

Abraços.
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Professor Mauri

[Lenio Nascimento]

Nick,

essa foi muito bôa....

[Leandro Ferraz]

Eu, gosto de mais do danado do "piqui", com arroz, com frango, de molho em conservas tudo quanto e jeito...



Pena que esse ano de 2010 eu quase não comi na fazenda onde busco todos os anos a serra pegou fogo e queimou os pés
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[nickyfury]

O pessoal do sul do país, que vem a Brasilia, sempre pergunta por que nós não temos bonsai de pequi, admirados que ficam com a linda floração da arvore, antes dos frutos, e com a intrincada ramficação dos galhos, tortos a perder de vista. Isso para não falar do porte agigantado da arvore:





Vejam nessa foto duas potencias do nosso cerrado. O ipê amarelo ao lado do pequizeiro:



Os galhos grossos por vezes ficam tão pesados que descem até o chão, mas sem nunca ramificar-se, como acontece com o cajueiro nordestino, por exemplo:



A flor é sempre simples, mas realmente bela nessa simplicidade toda:



[img]http://www.joseisraelabrantes.com.br/en/photography/tag/arvores/[/img]

A resposta que a maioria de nós costuma dar quando indagados por que não temos bonsai dessa espécie, é bem simples: não é possível reduzir o tamanho das folhas, que são amplas, grossas e pesadas. Outra particularidade se prende ao fato de que, ao promover a retirada de uma planta jovem do solo, além de estarmos cometendo um crime, corremos o risco de perder a planta em pouco tempo, pois ela irá secar e morrer, aparentemente sem nenhuma razão que justifique, por mais cuidado em sua preservação que se tome.

Durante muito tempo diversos cultivadores, de olho no filão gordo que representa a venda do fruto do pequizeiro, tentaram sem sucesso algum fazer germinar a semente do pequizeiro. Cozinharam, estratificaram, colocaram na geladeira, em agua salgada, em agua doce, e por aí vai. Tudo debalde, sem sucesso. O fruto é digerido por um sem numero de passaros e animais silvestres. Após passar pelo trato digestivo, algumas sementes logram brotar em locais os mais diversos. Outras, porém, não sofrem a ação das enzimas digestivas o necessário para germinarem, então secam e morrem.

A EMBRAPA, sempre atenta e avançada nas técnicas de reprodução e desenvolvimento de cultura vegetal em nosso país, logrou exito onde tantos falharam, mas somente depois de anos de estudo. As mudas são vendidas a R$4,00 (quatro reais). Inicialmente, apenas uma certa quantidade de sementes originava novas plantas.

Atualmente a EMBRAPA foi mais longe e começou a vender mudas enxertadas de pequizeiro, o que se traduz por plantas mais saudáveis, com plantações uniformes quanto ao desenvolvimento, precocidade, produção e qualidade dos frutos, incorporando de vez o pequizeiro ao processo produtivo da região do cerrado nacional e mesmo fora dele.

Isso é um resultado e tanto, considerando que a germinação da semente do pequi é baixa, em torno de 50 a 60% ao longo do ano, por causa da dormência causada pela presença do endocarpo (camada dura do fruto que fica entre a semente e os espinhos e por problemas internos do embrião, ainda não elucidados). Segundo os técnicos da EMBRAPA, logrou-se exito na quebra da dormência imergindo as sementes durante quatro dias em solução contendo ácido giberélico (1g para 2 litros de agua).

Mas tal procedimento é caro, pois o produdo é de preço elevado, em torno de sete reais o grama. Como as sementes são graúdas, necessitam de igual volume de solução para imersão.
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[Helio Mayer]

Consegui tirar fotos da folha


Folíolo:

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