FÓRUM do Atelier do Bonsai - Mário A G Leal

[Guilherme Cahú]

Olá, amiguinhos, nessa sexta comprei uma muda de Bougainvíllea Roxa.
Já estou me preparando, aqui, para transplantá-la para um escorredor, mas antes gostaria de opiniões sobre sua estilização.

Aqui seguem suas fotos:









Agradeço desde já por qualquer ajuda. ^_^
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"O conhecimento em nada me define, ele apenas me esclarece."

"Se fiz descobertas valiosas, foi mais por ter paciência do que qualquer outro talento." (Isaac Newton)

[nickyfury]

Guilherme, aqui tambem vale o mesmo principio que explanei para sua duranta: construir um bonsai dentro do estilo moyogi, praticamente sem o uso de aramação inicial, bastando tão somente inclinar o tronco quando do replantio no escorredor. Veja as dicas de corte, para melhorar a formação e a inclinação sugerida. Desculpe pelo desenho tosco, mas sou péssimo desenhista:



Nesse segmento de trabalho, a formação estrutural inicial permitirá, no futuro, um moyogi bem formado, com boa conicidade e um ótimo movimento na estrutura aerea, iniciada desde a base.
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que a compreensão liberte a energia criativa que existe em nós.


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[Guilherme Cahú]

Gostei muito da ideia, nicky, mas estou meio em dúvida...
Desse pequeno galho que nasce do tronco principal, como você pôde ver, saem 3 ramificações e a mais alta se projeta um pouco para trás...

Minha dúvida é como dar prosseguimento à estilização em moyogi...

Também completei a projeção que você fez, o que achou?


E também estive pensando nessa aqui:

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[caiomalk]

Se minha fosse, optaria por esta foto.




Abraço
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“Todas as coisas possuem beleza, mas nem todos a vêem.”
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[nickyfury]

Guilherme, minha sugestão quanto à alteração no replantio é justamente a da mesma imagem clonada pelo Caio. Nessa posição, os tres galhos que sua planta tem devem ser reduzidos a apenas dois: o maior será preservado para a formação estrutural de toda a planta. O de trás, será o galho inicial para o fundo, ou mesmo o primeiro galho, devendo ser baixado via aramação a uma posição mais horizontal, com a ponta ligeiramente voltada para cima.

Lembrando que os galhos não deverão ser aramados agora, pois estão verdes. Aguarde até que a cor mude para um ligeiro marrom, indicativo de que estão "prontos" para receber arame, sem comprometer nem causar danos ou risco de quebra. O terceiro galho, à frente, deve ser sumariamente eliminado.

O galho maior deverá ser tambem aramado, quando atingir a maturação correta, indicada pela cor, recebendo um movimento levemente sinuoso, em forma de "S" alongado. Deixe-o crescer bem, encompridando bastante, antes de cortar, para que engrosse e force um pouco de conicidade no ponto de nascedouro. O mesmo vale para o primeiro galho. Outras brotações, fora dos dois galhos, devem ser eliminadas tão logo surjam, para não subtrairem energia da planta, necessária à formação desses principais, ok?
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[Guilherme Cahú]

Obrigado pela ajuda, Caio e Nikcy. Agora estou entendendo mais..!
Vou executar o procedimento assim que possível, talvez hoje (mais tarde) ou amanhã.

^_^ Muito obrigado pelas orientações.
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[nickyfury]

Guilherme, complementando minha resposta acima, o estilo moyogi é o que tem a construção mais simples de ser obtida, partindo de um material como esse de sua planta. Veja algumas ilustrações que permitirão voce analisar detidamente qual caminho deverá seguir para conseguir isso:

A imagem abaixo mostra uma oliveira, que foi inclinada, após os galhos serem selecionados e devidamente aramados:



A imagem seguinte é uma das melhores que conheço, e que apresentam uma descrição bem firme e simples quanto à essa formação. Repare que o primeiro terço do tronco, o tachiagari, que vai da base até o primeiro galho, lembra um pouco o tronco da sua planta, após a projeção que voce fez, mas invertido, isto é, como se o vissemos pelo outro lado. A inclinação permite que o tronco recupere sua forma, iniciando então a formação estrutural a partir do primeiro galho, no caso da imagem abaixo, seria o segundo galho da esquerda:



Repare como o tronco vai sendo formado gradativamente, afim de adquirir uma boa conicidade. A técnica usada para isso é a que eu sugeri a voce: deixar crescer bem, alongando bastante, para engrossar, antes de cortar, reinicinando novo ciclo de crescer e alongar, cortando novamente. Fazendo isso, sucessivamente, vc obtem movimento e conicidade no tronco, como na imagem acima. A extremidade apical deverá ficar paralela com a base do tronco. Tracemos, então, uma linha imaginária, para ver como isso se dá:



Repare no bonsai abaixo, essa construção. Ela foi executada num material mais antigo, provavelmente obtido via yamadori, mas nem por isso deixou de ficar linda e bem estabelecida, conquanto a distribuição de galhos siga outra formação, mas a linha principal, que desenha o moyogi, está bem marcada e visivel:



O bonsaista Valdir Hobus, da Nipon Bonsai, soube encontrar essa linha, reproduzindo bem o estilo:



O nosso forum, aliás, faz escola no quesito estilo. Há algum tempo, foi divulgado material razoavelmente interessante sobre esse tipo de formação. Minha participação foi sobre uma planta, uma duranta repens, postada pelo forista/bonsaista Leão:

http://www.atelierdobonsai.com.br/forum/viewtopic.php?t=15257&sid=e2325c98fea4740924ed08a998fd7541

Mais informações foristas, dessa vez com excelente projeção do grande Alexandre, com mais algumas dicas minhas:

http://www.atelierdobonsai.com.br/forum/viewtopic.php?p=95346&sid=3c4cb128c9831bb9c548d53d23a89a6f

Bem, Gui, com essas informações creio que vc saberá, agora, como conduzir sua prima. Um abraço.
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[Rafael Pontes]

Depois dos comentários acima, mais nada a acrescentar!

Somente uma dúvida: essa primavera é da roxa (lilás) ou da rosa?
Não conheço bem elas ainda pelas folhas, mas me parece que a lilás tem as folhas mais afinadas, que nem a branca...
Agora fiquei na dúvida hehehehe
Pretendo adquirir uma lilás, uma rosa e uma coral também, como eu sempre falo, essa espécie tem se tornado minha preferida!

No mais, vou acompanhando o tópico!
Abraço!!
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Meu blog Frodo's Bonsai - http://frodobonsai.blogspot.com/

[Guilherme Cahú]

Com certeza, Nicky, agora poderei realizar o procedimento com mais certeza.
Apenas uma consideração: o galho de onde saem 3 ramificações estava cortado desde quando comprei - deve ser por isso que existem essas ramificações. Assim, para não ficar muito curto, darei prosseguimento a ele com uma gema ainda pequena que está se desenvolvendo em sua parte superior. Digo, continuar na mesma direção para não formar um galho/tronco muito curto.





O que vocês acham? ^^"


Rafael, sobre a pergunta, eu realmente não sei responder. Pensava que todas tinham folhas iguais, já que, na verdade, não é a flor que varia, e sim a bráctea - mas chamamos flor por ser mais fácil de relacionar.


Agradeço pelas orientações, e me desculpem se sou muito enrolado... ^^"
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[Rafael Pontes]

Então Guilherme, eu tb axava que as folhas eram todas iguais, mas dae ultimamente procurando pela variedade "coral" eu acabei "aprendendo" com os vendedores em viveiros um pouquinho sobre as folhas/cores.
Pesquisando aqui na internet agora e acabei ficando na dúvida...
Aí vai o que encontrei:

Vermelha: as folhas são do tipo "mais comum" pra mim, mas com os brotos vermelhos e as folhas mais escuras:


Coral (laranjada): folha comum, não sei diferenciar da rosa se não tiver com flores:


Rosa: folha comum também, talvez um pouco mais clara que a coral, nao sei ao certo... acabei não encontrando nenhuma foto legal aqui da rosada, mas é aquela entre o branco e o lilas...

Branca: folhas compridas, diferente das outras "mais comuns":


Lilás: folhas compridas e mais escuras que a branca


Enfim, cuida bem da sua filhotinha pq ela tem futuro! "Bougas" brotam fácil e engorda fácil!
Só uma dica, se quer que ela cresça, deixa ela mais umida e com adubação tipo (4-14-, o problema é que as folhas ficam enormes!!! a minha tava com umas do tamanho de uma palma!! Se quer que ela floresca, deixe mais seca e com adubo tipo farinha de osso, que se não me engano é boa pra floração!

Abraço!!
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[Rafael Pontes]

PS: foi mal pela foto gigante ali em cima hehehe
Abaixo segue um guia retirado aqui do fórum, ta em espanhol, mas da pra entender legal!

- Nombre científico o latino: Bougainvillea glabra
- Nombre común o vulgar: Buganvilla, Buganvilia, Boganvilla, Trinitaria, Bugenvil, Dania, Flor de papel, Santa rita, Veranilla

- Familia:
- Nyctaginaceae (Nictagináceas).

- Origen:
- Brasil.
- La Buganvilla es una trepadora que forma un tronco con los años.
- Hoja perenne, pero puede comportarse como una especie de hoja caduca si se cultiva en climas más frescos que el Mediterráneo.

- Existen variedades con el follaje variegado verde y crema.
- Lo ornamental de esta planta son sus flores, mejor dicho, las brácteas, que son los apéndices de color rosa, malva, carmín, rojo, etc., según la variedad, que rodea a la verdadera flor, la cual es minúscula y sin valor decorativo.

- Luz:
- A pleno sol para florecer.
- En interiores sólo cuando la luz es muy intensa, junto a una ventana o invernadero muy soleado, aunque lo más probable es que florezca con dificultad o incluso que no florezca, pues necesita mucha luz para florecer y, como hemos dicho, muy intensa.

- Temperaturas:
- Procede de climas subtropicales de América del Sur. Proteger de las heladas.

- Humedad:

- No hay que pulverizar las hojas ni mantener ambientes excesivamente húmedos de forma artificial porque provocaremos que un aumento exagerado del tamaño de las hojas y una reducción de su floración e incluso la pérdida de las flores.
- De hecho hay que evitar mojar sus flores con el riego porque si se mojan, se caerán.

- Substrato:
- Una buena mezcla de substrato para la buganvilla podría ser un 35% de arena de grano grueso o material equivalente (tierra volcánica, etc.) y 65% de mantillo.
- Poner en el fondo de la maceta de una capa de piedras y luego otra de grava para facilitar el drenaje.

- Riego:
- Con el calor del verano se sumerge la maceta en agua hasta que no aparecen burbujas de aire en la superficie del agua.
- No debe ser el riego tan frecuente como otras plantas, ya que la buganvilla se deshoja cuando se la riega en exceso.
- En invierno, escaso, pero sin dejar secar del todo.
- Inmediatamente antes de la floración dejar de regar durante una semana para favorecer el desarrollo de los brotes florales.

- Abonado:
- Desde finales de primavera hasta finales de verano se abona cada 15 días con abono líquido para bonsái, incluso durante la época de floración.
- En el periodo de reposo invernal, la bouganvillea no debe ser abonada.
- Reanudar el abonado en primavera, cuando comiencen a verse las primeras flores.
- No abonar una planta recién trasplantada, hay que esperar a que brote.
- Podemos ayudar a reducir el tamaño de las hojas, además de con una buena exposición exterior a pleno sol con el suministro de abonos más ricos en fósforo (P) y potasio (K) que en nitrógeno (N) para no fomentar el desarrollo de sus hojas.

- Poda:
- Las flores aparecen en las ramas nuevas del año, por tanto, es recomendable dejar crecer los nuevos brotes durante todo el periodo vegetativo para conseguir que sus ramas maduren lo suficiente para producir la floración en sus extremidades.
- Desgraciadamente tendremos que elegir entre obtener floración y modelar la forma de sus ramas.
- Como las hojas son alternas, debemos tener en cuenta la dirección que tenga la yema que nace de la primera hoja de la rama tras la poda, de tal forma que siempre podaremos por encima de una hoja que tenga una yema hacia el exterior de la copa o hacia la dirección deseada.
- La poda drástica es mejor hacerla a finales del invierno, justo antes de la primavera.
- Aunque aguanta bien la poda de ramas en cualquier época del año, la más adecuada es después de su floración, entre la primavera y el final del verano, acortándolas hasta 2 o 3 hojas, cuando haya desarrollado de 6-8 hojas.

- Alambrado:
- La colocación de ramas mediante el alambrado es complicada porque sus ramas se lignifican con rapidez, volviéndose poco flexibles y quebradizas, por lo que el modelado de la buganvilla es mejor realizarlo mediante una planificación de podas en años sucesivos.
- La época más adecuada para el alambrado es en primavera.
- Las ramas semileñosas son las que se atan mejor con alambre. Las leñosas o muy gruesas son casi imposibles de doblar.
- Si decidimos alambrar alguna rama joven, hay que vigilar las marcas del alambre en la corteza debido a la rapidez con la que engordan y crecen.
- El alambrado no se debe dejar en el árbol más que unos meses (entre 3 y 5).
- Alambrar lo justo y sólo cuando otras técnicas de modelado no puedan utilizarse o no hayan conseguido los efectos deseados.

- Trasplante:

- Cada 2 ó 3 años, al comienzo de la primavera. En los ejemplares cultivados en climas tropicales o subtropicales puede aumentarse la periodicidad hasta trasplantarla incluso anualmente.
- También podemos trasplantarla a principios de otoño o antes de la aparición de nuevos brotes.
- Entre la poda de ramas y el trasplante (o viceversa) debería existir un intervalo mínimo de tiempo para no acumular demasiadas operaciones agresivas a la vez, por ejemplo, 3 semanas.
- Durante el trasplante conviene sanear bien cualquier parte de raíces podridas y podar las ramas no deseadas para reducir su copa.
- Si la poda de raíces es muy grande, convendría quitar hojas en la misma proporción que las raíces eliminadas.
- Hay que tener cuidado de no podar drásticamente las raíces durante el trasplante, podando sólo las raíces más gruesas y dejando las más finas.
- Es conveniente proteger el árbol después del trasplante durante un par de meses, situándolo en un lugar muy bien iluminado pero evitando la exposición directa al sol.

- Plagas:
- Pulgones verdes, cochinillas, Mosca blanca, Araña roja, etc.
- Enfermedades:
- Oidio (manchas blancas por un hongo).
- Clorosis: provocada por la falta de hierro y otros micronutrientes, como manganeso o zinc.
- La Buganvilla es sensible a la falta de hierro (clorosis férrica) por lo que es aconsejable utilizar, cada cierto tiempo, quelatos hierro con el agua de riego, evitando utilizar aguas con exceso de cal, ya que dificultan la correcta absorción del hierro.

- Multiplicación:
- Esquejes leñosos en invierno. En climas fríos será necesario calor constante (20ºC) en un invernadero. Tardarán unos 3 meses en enraizar.
- Esquejes tiernos o semileñosos, de unos 10 cm, al comienzo de la primavera/verano. Si todo va bien, enraizarán a las 4 ó 6 semanas, aunque algo de calor de fondo a 15 ºC hará que sea más corto este período.
- El uso de hormonas de enraizamiento en los esquejes aumenta el porcentaje de arraigo.
- Acodo aéreo con musgo a finales de invierno/principios de la primavera.
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[Guilherme Cahú]

Beleza, Rafael!
Valeu!
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[Guilherme Cahú]

Transplantei hoje à noite conforme orientado.
Fiz uma mistura de aproximadamente 15% terra fértil, 15% pedriscos médios e 70% areia drenante.
Deixarei para realizar as podas depois, quando notar recuperação da planta.
Logo posto fotos.
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[Guilherme Cahú]

Aqui estão as fotos:












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[Rafael Pontes]

Beleza Guilherme é isso aí! Ficou boa a inclinação!
Agora só engordar ela e continuar o movimento do tronco!
estarei acompanhando!
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