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FÓRUM do Atelier do Bonsai - Mário A G Leal
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Autor |
Mensagem |
Bernardo Amaral

Registrado: 08/03/11 Idade: 39 Mensagens: 71 Localização: Pelotas-RS
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Enviada: Qui Ago 04, 2011 9:51 am Assunto: Opinião sobre estilo de Kuromatsu |
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Adquiri esse exemplar já assim com algumas aamagens em uma fruteira de um japonês aqui na minha cidade, a muda deve ter un 6 ou 7 anos pelo porte, já está um pouco grande.
A dificuldade do PN são as novas brotações, os galhos dele está muito em cima, então acredito que terei de dar uma engrossada no tronco dele, deixarei o galho maior como galho de sacrifício.
Alguém tem alguma sugestão de estilo? _________________ Munem Mushin
Editado pela última vez por Bernardo Amaral em Qui Set 01, 2011 11:24 am; num total de 1 vez |
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EZEQUIEL JUNIOR PARTICIPANTE


Registrado: 11/01/08 Mensagens: 1233 Localização: Buritis - MG
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Enviada: Qui Ago 04, 2011 10:09 am Assunto: |
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Dificilmente fugirá de um literati... mas tem uns ninjas aí que podem dar mais sugestões... com projeções e tal...
Talvez algo como:
Ou como:
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Márcio Friedrich Ribeiro 1.o PASSO

Registrado: 05/10/09 Idade: 45 Mensagens: 165 Localização: Santa Cruz do Sul-RS
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Enviada: Qui Ago 04, 2011 1:21 pm Assunto: |
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Concordo com o Ezequiel, a planta tem potencial para um Literati.
Eu deixaria o primeiro galho, aramando e abaixdo um pouco e retirava o segundo talvez deixando um jin, isso claro que para algo mais imediato né, mas se você não tem pressa pode esperar a planta engrossar e tentar outra coisa.
Quero acompanhar pra ver no que se torna. |
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Bernardo Amaral

Registrado: 08/03/11 Idade: 39 Mensagens: 71 Localização: Pelotas-RS
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Enviada: Ter Ago 30, 2011 8:52 am Assunto: |
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Existe alguma técnica para forçar brotação em PN? como eles respondem a podas drásticas? _________________ Munem Mushin |
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Márcio Friedrich Ribeiro 1.o PASSO

Registrado: 05/10/09 Idade: 45 Mensagens: 165 Localização: Santa Cruz do Sul-RS
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Enviada: Ter Ago 30, 2011 9:36 am Assunto: |
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Olha Bernardo
Poda drástica em Pinheiro Negro (PN), não é uma alternativa, caso você remova todas as brotações existentes ele virá a morrer.
Como não tenho muita experiência com PN, posso ficar lhe devendo algumas informações a respeito dos cuidados, e existem colegas aqui no forum que dominam bem o menejo de pinheiros.
Para que consiga forçar a brotação dessa planta, primeiramente é necessário que haja saúde dessa; e logo importante um bom substrato, recipiente no tamanho adequado, adubação correta e nas épocas certas.
Então assim que esses requisitos são fornecidos a planta você pode iniciar com as manobras de aramações, podas e pinçagens necessárias. Minhas informações podem ter sido um pouco vagas mas prefiro que alguem mais experiente lhe oriente. Se preferir pode procurar nos tópicos sobre Pinheiro Negro (PN)
Espero ter lhe ajudado |
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Bernardo Amaral

Registrado: 08/03/11 Idade: 39 Mensagens: 71 Localização: Pelotas-RS
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Enviada: Qua Ago 31, 2011 9:57 pm Assunto: |
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Obrigado pelas dicas Márcio, eu estou acostumado com figueiras e estou me adaptando a azaléas também.
Já possuo 2 PN mas ainda não adquiri a expertise necessária para manejá-los. _________________ Munem Mushin |
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nickyfury PARTICIPANTE


Registrado: 11/11/04 Idade: 64 Mensagens: 7679 Localização: Brasilia-DF
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Enviada: Qui Set 01, 2011 10:55 am Assunto: b onsai |
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Bernardo, na minha humilde opinião voce tem em mãos um excelente material de trabalho, que não precisa de podas nem de cortes radicais para ser transformado num lindo bonsai, mas irá precisar de muita paciência e constancia para formar algo nesse sentido.
Como ainda estamos no inverno, vc pode realizar uma pinçagem nas acículas, retirando o excesso. Para fazer isso, segure o galho com uma mão, na posição horizontal do galho, e retire todas as agulhas que crescem na parte superior e na parte inferior do galho, mantendo apenas as agulhas laterais. Puxe as agulhas (acículas) com as pontas dos dedos mesmo, não use tesoura nem corte nada, ok?
Faça um galho de cada vez, e por último o ápice. Após realizar esse trabalho, os galhos ficarão mais leves e limpos, permitindo o acesso de luz e calor solar ao interior, favorecendo novas brotações tanto nas extremidades quanto mais próximas do tronco, aumentando a densificação nos galhos. Após essa poda de limpeza, vc deverá então aramar todos os galhos bem como o tronco acima do primeiro galho da direita, dando a eles um leve movimento sinuoso (em forma de "S"), deixando a planta com uma harmonia mais adequada estética e visualmente falando.
Como se trata de uma planta nova, adotar esse tipo de trabalho para ser executado sempre na mesma época é o mais aconselhável. Na primavera, mais ou menos no final do mes de outubro, retire a planta do recipiente em que está plantada e após "pentear" suas raízes com um palito de bambu, deixando-as livres umas das outras, e com um volume mais achatado, faça o replantio em um recipiente menor e de bordas mais baixas que o atual, podendo usar até mesmo um vaso de bonsai para isso, sem nenhum problema. Nesse caso, o vaso em ceramica deverá ter uma borda mais alta que o vaso a ser usado quando o bonsai estiver finalizado. Então, chamaremos esse vaso de vaso de treinamento, e sua borda deverá ficar entre 5cm a 8cm, não mais que isso.
As acículas que retirar agora voce as guarda, deixando secar bem. Elas deverão ser usadas na mistura do substrato de replantio, para agregar um compontente importante no desenvolvimento/crescimento das raízes, chamado de micorriza. A micorriza é um tipo de fungo que trabalha em simbiose com as raizes, proporcionando mais saude para elas, o que sempre é ótimo para a planta, então. No substrato, além de usar as acículas secas, poderá ainda acrescentar casca de pinheiro seca ou desidratada, com a mesma finalidade.
Para aramar os galhos, primeiro faça um teste simples com o arame: tente empurrar o galho com ele. Se o galho resistir e o arame dobrar, não serve o arame, escolha outro que force o galho a dobrar. Esse teste é ótimo e permite escolher um arame que irá transmitir tensão adequada ao galho, na hora de moldar e formatar o galho (chamamos a isso educar o galho). O arame não deve ficar nem muito apertado nem muito solto, e poderá ficar na planta até o ano que vem, sem nenhum problema, pois mesmo que marque (faça sulcos na casca), como se trata de uma planta nova, as marcas irão sumir depois.
Ao aramar, o primeiro galho da direita deve receber um movimento levemente sinuoso lateralmente, com um volteio para baixo, mas com a ponta voltada para cima um tantinho, sempre. Faça o mesmo nos outros galhos, por menores e mais curtos que sejam. O tronco, aramado, deverá repetir um pouco do movimento existente em seu primeiro terço (no meio dele), de maneira que a ponta do tronco (ápice) fique devidamente voltada um pouco para a frente do bonsai, ligeiramente inclinada, mas completamente alinhada com a base do tronco no solo. Parece dificil, lendo, mas é simples e fácil de fazer e de manter.
Veja na imagem abaixo a maneira correta de segurar o galho e aramar:
Geralmente o arame usado para moldar o pinheiro é de cobre, não de aluminio, por ser um arame mais duro e resistente. O cobre, a medida que o tempo passa, vai se firmando mais e mais, suportando melhor o crescimento/desenvolvimento da planta, não permitindo que isso interfira no trabalho de moldagem:
Isso não significa que não podemos usar arame de aluminio. Longe disso. Mas nesse caso, dê preferencia para um arame mais duro, mais grosso, que imprima maior resistência no galho, para forçar a moldagem adequada nele.
Com o cultivo correto, sua planta poderá ficar, daqui a uns oito anos, parecida com essa:
Repare na altura do vaso final, na imagem acima. Ele tem metade da altura que estou sugerindo a voce usar agora, na proxima primavera, para envasar sua planta.
Vejamos agora a maneira correta de pinçar (retirar) as acículas (agulhas) dos galhos e do ápice:
Como escrevi antes, tiramos tudo que cresce acima e tudo que brota na parte inferior do galho, deixando apenas as brotações laterais:
Em seguida, limpamos essas tambem, eliminando o excesso e cuidando de manter apenas um minimo que irá ser usado na formação do galho:
O pinheiro tem uma resposta rápida a esse tipo de intervenção e voce verá, em pouco tempo, a recuperação do galho, com a emissão de novas e vigorosas brotações:
Na fase do replantio, na primavera, as raizes deverão ficar parecidas com estas, antes do reenvase:
[img]http://img4.blogs.yahoo.co.jp/ybi/1/0f/4c/yukinaka_n/folder/1455062/img_1455062_51532560_0?1301146478[/img]
A título de comparação, acompanhe nas imagens abaixo o "antes" e o "depois", num pinheiro negro que "sofreu" uma limpeza nas acículas. A sua planta deverá ficar parecida a isso, considerando o aspecto atual com o resultado:
Bem, espero que as informações e imagens possam ser uteis para voce e seu kuromatsu (pinheiro negro).  _________________ que a compreensão liberte a energia criativa que existe em nós.
http://www.brasiliabonsaiclube.com (faça-nos uma visita, vc é sempre bem vindo) |
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Bernardo Amaral

Registrado: 08/03/11 Idade: 39 Mensagens: 71 Localização: Pelotas-RS
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Enviada: Qui Set 01, 2011 11:10 am Assunto: |
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Obrigado NickyFury, vou tentar aplicar suas dicas neste final de semana.
Conseguiste me auxiliar com todas as dúvidas sobre podas pode ponteiras de PN que eu tinha.
obrigado mesmo! _________________ Munem Mushin |
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Mcdonald PARTICIPANTE


Registrado: 19/08/10 Idade: 43 Mensagens: 1955 Localização: São Bernardo do Campo-SP
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Enviada: Qui Set 01, 2011 12:05 pm Assunto: |
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Grande aula....
Nick. Tenho uma pergunta pra ti. Por que não vemos muitos gins e sharis em pinheiro negro? Tenho esta curiosidade.
Um abraço _________________ www.macdonaldfernandes.wordpress.com |
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Elio PARTICIPANTE


Registrado: 22/04/05 Idade: 78 Mensagens: 6407 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Qui Set 01, 2011 1:47 pm Assunto: |
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Mc, essa eu posso responder.
Os orientais consideram o PN como um Samurai. E como tal ele deve ser forte, soberbo, e imune às adversidades. Por isso, o Jin e shari representariam feridas o que não seria condizente com a figura do samurai. Essa é uma corrente que não é seguida por todos os bonsaístas orientais, visto que, às vezes, vemos PN com shari e Jin.
Até porque o uso, às vezes, é um artifício para mascarar defeitos da planta.
abraço _________________ Elio
"Porque há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos." Jó 14:7 |
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Mcdonald PARTICIPANTE


Registrado: 19/08/10 Idade: 43 Mensagens: 1955 Localização: São Bernardo do Campo-SP
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Enviada: Qui Set 01, 2011 6:26 pm Assunto: |
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Noooossa... legal heim...
Élio... valeu pela resposta. Também continuarei com a história. Não tentarei aqui.
Um abraço e muito obrigado _________________ www.macdonaldfernandes.wordpress.com |
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nickyfury PARTICIPANTE


Registrado: 11/11/04 Idade: 64 Mensagens: 7679 Localização: Brasilia-DF
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Enviada: Qui Set 01, 2011 9:51 pm Assunto: bonsai |
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Grande Elio, um bonsaista de respeito e um nobre filósofo: sempre buscando explicações ocidentais, geralmente calcadas em mistério, misticismo, para comportamentos orientais. Não que os orientais não sejam misticos, longe disso. Mas há uma explicação mais lógica para o uso desse recurso técnico, não somente no kuromatsu mas em qualquer outra das inumeras variedades de Matsu (pinheiro) existentes no Nihon (Japão).
Se entendermos que o bonsai é uma idéia, um conceito copiado dos chineses, e que estes, por sua vez, copiaram de outros povos, então fica mais fácil entender que certas aplicações técnicas evoluiram de maneira diferente num e noutro país, mas que ao final, acabaram por interligar-se. O Shari e o jin são conceitos abstratos que foram copiados dos hindus. Isso mesmo, na India antiga havia algo parecido com o bonsai chines, e a técnica recebeu lá esse nome, vindo para a China nos antigos navios comerciantes chineses, muito antes mesmo de Marco Polo pisar por lá, ou dos grandes navegadores começarem a singrar os mares.
Tanto é assim que os ideogramas chineses para Shari e Jin são complexos e incompletos, não traduzindo a idéia e o conceito técnico com muita fidelidade. Os japoneses, por sua vez, copiaram a idéia conceito, mas registraram e registram a escrita deles com um alfabeto chamado KATAKANA. Bem, como se sabe há tres alfabetos no Japão: Katakana, Hiragana e kanji. O Katakana é utilizado para nomes e palavras estrangeiras, como é o caso dos dois conceitos técnicos shari e jin.
Bem, avançando um pouco mais, temos então que o uso dessa técnica no bonsai japones é algo relativamente mais recente que a própria idéia conceito de bonsai. Não que não existisse. Existia o jin e o shari, mas não eram realizados com uma finalidade, mas apenas ao acaso, pois temos que considerar que a maioria dos primeiros bonsai japoneses eram todos, sem exceção, obtidos na natureza. Somente depois de sedimentada a idéia e de proibições da extração na natureza, foi que veio então o bonsai cultivado. Nas plantas existentes na natureza, a madeira exposta do tronco ou um galho seco, sem casca, era algo comum, dada as adversidades climáticas daquele país insular, tão acentuadas que são.
Ora, nascendo então o bonsai cultivado, com algumas varieades de pinheiro inclusive desenvolvidas a partir de enxertia, como é o pinheiro ZUISHO, uma variedade de pinheiro branco (Goyomatsu), os cultivadores viram-se na necessidade de compor certos elementos em seus bonsai de acordo com parametros visualizados e estudados de plantas na natureza, vindo então a usar o recurso técnico de executarem jin e shari em seus bonsai a partir de então, adotando não a nomenclatura chinesa para designá-los, mas o alfabeto katakana. Com isso, eles tentavam dizer que não estavam copiando nada da China, embora, por outro lado, não admitissem estar copiando nada de ninguem, na verdade, além da própria natureza deles, é claro.
Muito sábio o mestre japones cultivador de bonsai. "Esperto", seria um termo melhor, mas inadequado. Alguns pinheiros no Japão, como o caso do pinheiro branco e do pinheiro vermelho, crescem melhor e em maior quantidade em escarpas e montanhas, enquanto o pinheiro negro é uma planta mais afeita a areas mais baixas. Ora, onde o clima é mais incremente que na montanha? Ou nas escarpas? Por isso, então, por não constar da natureza do pinheiro negro as partes do tronco sem casca e os galhos secos é que os japoneses adotam o uso desta técnica nessa variedade com certa ressalva, fazendo-os apenas quando há necessidade ou quando não há outra saída para um formatamento necessário.
Na verdade, o uso dessa técnica tornou-se um grande aliado do bonsaista japones, principalmente quando a ocasião lhe dava uma planta que não apresentava nenhum interesse economico, caso fosse colocada à venda. Mas, se o cultivador trabalhasse a parte desinteressante da planta, adequadamente, poderia não só melhorar a aparencia como até mesmo engrandecer, em termos de qualidade técnica superior, o resultado final:
A idéia final do cultivador:
Ou, quem sabe, algo menos suntuoso, mas ainda assim com um grande valor:
[img]http://img.blogs.yahoo.co.jp/ybi/1/1d/e2/fuji2203349/folder/292185/img_292185_36415929_0?1231276926[/img]
Finalizando: embora desagrade ao meu amigo Elio, devo acrescentar que a variedade de pinheiro a que ele aludiu não é o kuromatsu, mas sim, o goyomatsu, o pinheiro branco. Por causa da singularidade dessa espécie e variedade, bem como pelo fato de ser ela uma lutadora, que suporta bem o calor sufocante do verão tanto ou mais quanto o frio intenso e a neve pesada do inverno japoneses, muito mais que o pinheiro negro, aliás, mais frágio e afeito a agua, o Samurai veria no Goyomatsu seu próprio reflexo, de força, imponencia, beleza e controle.
Então, caro Elio, é o Goyomatsu (pinheiro branco/pentaphylla) que é considerado o verdadeiro samurai, mas não somente por ser ele forte, soberbo e imune às adversidades, mas sim por que sabe como nenhum outro pinheiro sobreviver a condições adversas e continuar firme, altivo e altaneiro. Quanto às feridas, o jin e o shari, elas representam justamente as feridas que o samurai adquiriu nas inumeras batalhas de que participou, e são cicatrizes que provam seu valor, sua figura marcial e indomita de alguem que não aceitou a derrota, mas se sobrepôs a ela.
Quanto ao uso das técnicas de shari e jin elas, de fato, podem até mascarar defeitos, mas podem, igualmente, elevar a qualidade final do trabalho, tornando a planta mais valiosa do que seria sem seu uso.
GOYOMATSU:
http://www.bonsaimyo.com/products/detail282.html
KUROMATSU NISHIKI (variedade que apresenta casca corticosa (cortiça):
http://www.bonsaimyo.com/products/detail301.html
http://www.bonsaimyo.com/products/detail297.html _________________ que a compreensão liberte a energia criativa que existe em nós.
http://www.brasiliabonsaiclube.com (faça-nos uma visita, vc é sempre bem vindo) |
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Ricardo Paiva PARTICIPANTE


Registrado: 23/11/05 Mensagens: 2888 Localização: Porto Alegre - RS
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Enviada: Qui Set 01, 2011 10:37 pm Assunto: |
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PQP. Aula de 1ª, Nick.
Elio, gostei muito também da explicação do samurai. Show!!!!
Se Sensei Elio e Sensei Nicky permitirem, gostaria de copiar e publicar no meu blog.
 _________________ Abraços
Ricardo Paiva
http://ricardopaiva.wordpress.com/
“Não tente fazer a sua árvore parecer um bonsai, faça com que o seu bonsai pareça uma árvore.“ - John Yoshio Naka |
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nickyfury PARTICIPANTE


Registrado: 11/11/04 Idade: 64 Mensagens: 7679 Localização: Brasilia-DF
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Enviada: Sex Set 02, 2011 6:06 am Assunto: bonsai |
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Ricardo, nada contra sua publicação, desde que mencione nossos nomes, é claro!!!
Brincadeiras à parte, eu prefiro a descrição do Elio: mais rica em folclore, ela me lembra bastante o que nós líamos nas primeiras revistas sobre bonsai publicadas no Brasil, quase que totalmente (ou seria tolamente?) escritas pelo ex-bonsaista (atualmente vendedor de vinhos) Marcelo Miller. Nas primeiras revistas quase não havia fotos de bonsai, apenas desenhos estilizados de buda, cópias de um tipo de pintura chinesa/japonesa em nanquim (tinta preta) que mostravam paisagem, figuras emblemáticas e outras retratando personagens e ideogramas (kanji), tudo sem nenhuma relação direta com a arte bonsai, mas que, na mentalidade ocidental do Marcelo, serviriam de base para formar um conceito sobre o que era o bonsai. Baita contradição, meu!!!
E nós, iniciantes, inexperientes, bebíamos naquela unica fonte com avidez, com sede tremenda, querendo aprender na marra, tudo o que o Marcelo vertia naquelas páginas magicas. Aos poucos, nos numeros subsequentes, começaram a despontar timidas fotos, mostrando bonsai importado quase sempre, alguns iniciantes como o Antakly, dentre outros que nem lembro mais, apresentando seus "magnificos" trabalhos, no que hoje seria considerado algo bem risivel, isso sim.
Mas tudo passa, tudo muda. Até bermuda!!! Então, nessa nova era, é com saudosismo que leio citações como as que o Elio escreveu, e que me remetem àquele período. Mas, como sempre gostei de uma boa discussão aqui no forum, gosto de buscar mais informações, de preferencia atualizadas sobre determinados tópicos e assuntos, para tentar esclarecer o que realmente é fato e o que realmente é poesia, filosofia. Ah sim, o Marcelo Miller adorava filosofar sobre bonsai, mostrar o lado mistico e misterioso do bonsai.... e tome pedrinhas mágicas, cristais, duendes (chama a Xuxa!!), gnomos e outras mandingas.....
Apesar da falta de vasos, de ferramentas e de conhecimento, acho que fazer bonsai naquela época era bem mais fácil que hoje.....  _________________ que a compreensão liberte a energia criativa que existe em nós.
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Ricardo Paiva PARTICIPANTE


Registrado: 23/11/05 Mensagens: 2888 Localização: Porto Alegre - RS
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Enviada: Sex Set 02, 2011 9:31 am Assunto: |
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Em primeiro lugar: claro que vou citar os nomes de vocês. Inclusive vou colocar até fotos!
Em segundo lugar: eu sou um cara muito pé no chão com as coisas mas ao mesmo tempo sou muito poético. Inclusive meu filho adolescente, que está a descobrir muitas coisas da vida, disse que eu sou um grande filósofo.
Nasci numa família onde cultura era uma coisa do nosso dia a dia. Com exceção da minha irmã, eu e meus irmãos temos nomes de reis e imperadores. Minha mãe tem 5 faculdades, inclusive de filosofia e Teologia. Então, saber da história e do que realmente acontece com as coisas sempre me atraiu e atrai até hoje. Você conhece alguém de 12 anos que sabe que um morcego é um quiróptero? Pois é, eu sabia. História, filosofia e as relações humanas sempre me atraíram. Mas ao mesmo tempo que procuro saber a verdade das coisas, me encanta imaginá-las rodeadas de encantos, mistérios, simbolismos e muita, muita imaginação.
Além de ser uma apaixonado pela natureza, acho que foi este lado místico e repleto de simbolismos que chamaram minha atenção para o bonsai. Montanhas, vales, reflexões, as emoções contidas num fukinagashi, a força de um chokkan e por aí vai. Samurais, muralha da china, kung-fu, dinastias e também o filme karatê kid. Todos nós, de uma maneira ou outra, somos meio Daniel San.
Gosto de me pegar imaginando, ou como alguns dizem "viajando", onde aquele bonsai está plantado, como ele cresceu, que coisas ele enfrentou para chegar até aquele momento com aquela forma e vitalidade.
Agora chego até pensar que assim devemos também olhar para as pessoas.
Bom, depois deste passeio pelos meus sentimentos e pensamentos, eu quero dizer que literalmente amei saber sobre jins e sharis da forma como vocês 2 colocaram.
E sobre este período do passado do bonsai no Brasil acho muito legal. Realmente parecia ser mais fácil pois tinha muito mais mística do que regras e parâmetros a seguir. Eu gosto de misturar os 2.
Obrigado. _________________ Abraços
Ricardo Paiva
http://ricardopaiva.wordpress.com/
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