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ESCRITOS DO DIA A DIA

LENDAS DO JAPÃO!
30.12.2011
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bergson
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MensagemEnviada: Sáb Mar 08, 2008 7:01 am    Assunto: LENDAS DO JAPÃO! Responder com citação

Amigos,

Como todos gostam e admiram a cultura japonesa resolvi criar este tópico e colocar a cada dia uma lenda do japão.

Espero sinceramente que gostem!


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A sacola furada
(Texto e Ilustração: Cláudio Seto)



Há muitos anos, em uma região montanhosa do Japão, vivia uma mãe com duas filhas moças. Comentários da vizinhança davam conta de que a mais velha era bondosa e querida por todos da aldeia, enquanto a mais nova era egoísta, gananciosa e muito antipática. Apesar disso, por ser a caçula, a mãe tratava melhor a mais nova, empurrando para a mais velha todos os serviços sujos e pesados da casa.

Certa ocasião, a mãe mandou que as duas fossem à floresta catar kuri (castanha). E ordenou que só voltassem quando estivessem com embornal cheio de castanhas. Assim, entregou para cada uma delas um embornal do mesmo tamanho. Acontece que a sacola da mais jovem era nova e a da mais velha, muito usada e cheia de furos.As duas andaram bastante na mata, até que encontraram um velho castanheiro esparramando sementes pelo chão. Então, começaram catar as sementes para encher logo o bornal. Apesar de a mais velha se empenhar no trabalho, à medida que colocava as castanhas por cima, elas iam vazando pelos furos e nunca ficava cheio por completo. Já a mais nova conseguiu encher com facilidade seu novo embornal.

Assim, a mais nova foi embora, enquanto a mais velha continuou catando para completar seu trabalho. Enquanto repetia o gesto de catar e ao mesmo tempo tapar os buracos com as mãos, o sol se foi e a noite chegou. Sentindo medo, resolveu voltar para casa, mas a escuridão a impedia de enxergar o caminho de volta. Andou durante algumas horas sem rumo, com temor de lobos, até que chegou a um pequeno santuário abandonado.

Quase na frente do pequeno templo havia um Jizô – estátua de pedra representando um anjo budista, protetor dos pobres e dos honestos. A moça aproximou-se da estátua e, juntando as mãos em gesto de oração, pediu ao anjo que permitisse passar a noite no santuário.

E a estátua de pedra respondeu:

– Pobre menina, se você quiser pode passar a noite aqui, porém existe um grande problema. Este local abandonado se tornou ponto de reunião dos oni, esses demônios de chifre vêm todas as noites nesta clareira para beber saquê e fazer uma grande barulheira.

– Deve ser muito perigoso, mas o que vou fazer? Não posso voltar para casa com o embornal de castanhas incompleto e corro o risco de ser devorada pelos lobos no caminho. Se eu ficar, esses demônios podem me ver e estarei perdida do mesmo modo. Que dilema. Salve-me, Jizô-san, por favor – disse a moça com lágrimas nos olhos.

– Você terá que ser corajosa. Descansará escondida atrás de mim, com aquele chapéu de palha que está pendurado no santuário. Quando os oni chegarem e estiverem fazendo festa, você deverá imitar o canto do galo batendo o chapéu de palha, para simular o bater das asas. Assim, eles irão embora pensando que vai amanhecer. E depois você poderá dormir sossegada.

A moça pegou o chapéu e sentou-se encostada atrás do Jizô, e ficou descansando. No meio da noite, conforme tinha dito o anjo budista, os demônios começaram a vir de todos os lados, cada um com um garrafão de saquê. Pouco depois, eles bebiam, cantavam e faziam jogatina... Soltavam gazes e palavrões para todos os lados. A garota estava dura de medo e rezava baixinho para não ser descoberta.

Quando a festa estava de bom tamanho, ela criou coragem e começou a imitar o canto do galo, batendo o chapéu de palha como farfalhar de asas. Os oni levaram um susto com o canto do galo.

– O galo está cantando, vai amanhecer. Vamos depressa para nossas cavernas, Amaterasu Oomikami, a Augusta Deusa Sol, vem aí.

Foi uma confusão geral. Os demônios saíram correndo para todos os lados e desapareceram dentro da mata. Assim, a moça pôde dormir sossegada no pequeno santuário.

Quando o dia chegou, diante do Jizô, a garota juntou as palmas das mãos em agradecimento e se despediu do anjo budista.

- Se você quer demonstrar gratidão, não pode ir embora deixando toda essa sujeira que os demônios fizeram na clareira do santuário. Coloque tudo no seu embornal e leve para bem longe daqui.

Na clareira, havia garrafas de saquê cheias e vazias, papéis, e muitas moedas de ouro usadas na jogatina pelos oni. A garota esvaziou seu embornal de castanhas, forrou o fundo furado com papéis e garrafas e repôs as castanhas junto com as moedas de ouro. Assim, voltou para casa feliz, pois a sacola, agora sim, estava cheia.



Quando a garota chegou em casa, levou uma bronca da mãe, porque demorou muito para voltar. Mas, quando viu as moedas de ouro, os olhos da mãe saltaram de tanta ganância. Logo, ela tratou de guardar para si as moedas. Já a irmã mais nova ficou morrendo de ciúmes, pois era ela quem gostaria de ter conseguido aquelas moedas.

Gananciosa, a mãe decidiu que as filhas deveriam voltar à floresta para pegar mais castanhas. Porém, desta vez, trocou as sacolas. Deu a sacola nova para a filha mais velha e a sacola velha para a filha mais nova. Ela queria que sua filha favorita trouxesse moedas de ouro também.

Na montanha, a história repetiu-se de modo inverso. A irmã mais velha com a sacola mais nova encheu-a primeiro de castanhas. E resolveu ajudar a mais nova.

– Não preciso de sua ajuda. Se já encheu seu embornal, vá para casa. Eu logo chego lá.

– Vou esperar por você. É perigoso ficar sozinha no meio da mata.

– É melhor você ir embora. A mamãe vai ficar brava se souber que você encheu a sacola e ficou folgadamente parada. Ela lhe espera para preparar o nosso jantar.

Assim, a mais velha voltou para casa a contragosto, pois temia que sua irmã fosse farejada pelos lobos.

Vendo a irmã mais velha ir embora, a outra se apressou em procurar o santuário abandonado do Jizô descrito pela primeira. E não tardou muito a encontrar a estátua do anjo budista.

– Jizô-san, posso passar a noite nesse santuário? – perguntou a menina para a estátua.

– Ninguém pode lhe impedir de passar a noite aqui. Porém, devo adverti-la de que é perigoso, pois à noite, vários oni vêm aqui beber e fazer jogatina. Se descobrirem, você será, com certeza, mais uma vítima desses demônios desalmados. Portanto, é melhor ir embora enquanto está claro.

– Mas, Jizô-san, eu não sou medrosa.

Assim, a menina continuou insistindo tanto, que o Jizô concordou e deu a ela a mesma instrução dada à irmã dela na noite anterior. Então, ela se escondeu atrás do Jizo com um chapéu de palha na mão e ficou à espera dos oni.

No meio da noite, mais uma vez, os demônios chegaram na clareira. Mal começou a jogatina, a menina viu o brilho das moedas de ouro e, impulsionada pela ganância, não resistiu e saiu de seu esconderijo. Começou a bater o chapéu de palha e a cantar como um galo. Os demônios levaram um grande susto com aquela inesperada barulheira. Porém, logo raciocinaram que havia algo de estranho:

– Impossível que já esteja amanhecendo! nem chegamos a esvaziar uma garrafa de saquê!

– Alguma coisa está errada. Estão querendo nos enganar!

– Procurem e descubram quem é o engraçadinho!

Não demorou muito para os oni descobrirem a garota, que, tremendo de medo, voltou para trás da estatua do Jizô.

– Ah, então foi essa que nos enganou na noite de ontem e pegou nossas moedas de ouro. Vamos dar uma surra de chicotadas nela.

A garota correu, pedindo clemência, e os demônios correram atrás dela, dando-lhe varadas e chicotadas a noite toda, até ela chegar em casa exausta e castigada. Vendo a filha mais nova apanhando dos demônios, a mãe interveio, dizendo que quem trouxe as moedas foi a irmã mais velha.

– Velha mentirosa, merece apanhar também.

– Sim, vão apanhar até nos devolverem as moedas de ouro!

Assim, depois de levar uma surra, a mãe devolveu as moedas.

Bem que a irmã mais velha confessou ser ela quem tinha trazido as moedas, porém os demônios não acreditaram.

Na hora de ir embora, os demônios deram as moedas para a irmã mais velha, dizendo:

– Você é uma boa filha. Tentou proteger a mãe, dizendo-se culpada por trazer nossas moedas. Como prêmio, vamos presentear você.

– Mas, “senhores oni”, fui eu que apanhei as moedas de vocês.

– Não precisa dizer mais nada. Nós não somos idiotas. Agora, as moedas são suas e, se alguém tentar tirá-las de você, voltaremos para cortar as mãos dessa pessoa!

Assim dizendo, os demônios voltaram para a floresta.

Comentário
O oni é uma criatura mítica que aparece em inúmeros contos e lendas do Japão. Geralmente, simboliza o mal, sendo um personagem monstruoso e temido, porém pronto para ser derrotado pelos famosos heróis lendários, como: Momotaro, Kintoki, Watanabe-no-Tsuna e Minamoto-no-Yorimitsu, entre outros.

O oni tem um rude aspecto humano, com cabeça grande, um ou dois chifres e, geralmente, pele vermelha. Geralmente, porque existe uma lenda que fala de um oni de pele azul. Embora tendo chifre e pele avermelhada, traduzir a palavra oni como “diabo” é um grande equívoco. O oni é uma espécie de demônio que mais se aproxima do ogro europeu que do diabo cristão.

Em muitas lendas japonesas, os oni reúnem-se em clareiras nas florestas para fazer jogatina, beber e cantar, como nas lendas já publicadas no Zashi: Kobutori Jiji, Issunboshi e Kozenji no Sotaro.


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MensagemEnviada: Sáb Mar 08, 2008 11:50 am    Assunto: Responder com citação

Fantástico, muito bom! Adorei!!!
Lerei diariamente.


Abração,
Fabiano.
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MensagemEnviada: Sáb Mar 08, 2008 9:43 pm    Assunto: Responder com citação

Caro Fabiano,

Fico feliz que tenha gostado tanto quanto eu, amanhã terá mais.

Tenha um bom fim de semana!
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MensagemEnviada: Dom Mar 09, 2008 9:27 am    Assunto: Responder com citação

Kanzakura, a Cerejeira Sagrada
(Texto e Ilustração: Cláudio Seto)



Em Mimasaka no Kuni (país de Mimasaka), hoje província de Okayama, havia uma pequena aldeia de nome Kagami, onde até hoje existe um solo sagrado com um templo centenário shintô dedicado à divindade Musubi no Kami, deus do amor e da união.

Nesse solo sagrado ao redor do templo havia uma velha e magnífica cerejeira chamada Kanzakura, ou cerejeira sagrada. Próximo dela foi construído o templo dedicado ao deus do amor.

Na pequena vila de Kagami morava um homem muito rico chamado Sodayu. Ele era viúvo e tinha uma encantadora filha, de 17 anos, chamada Hanano. Um dia, Sodayu achou que a filha estava na idade de contrair matrimônio.

- Minha menina - disse o pai - devemos proceder como manda a tradição. O tempo passou e minha criança já está na idade de encontrar um marido. Minha obrigação é arranjar um bom noivo para você.

Hanano contou a novidade à governanta Yuka, pedindo que ela encontrasse alguém para gostar. Yuka respondeu que era difícil encontrar uma pessoa que a merecesse, porém sugeriu que sua jovem patroa fosse rezar no templo de Musubi no Kami.

- Para isso, terá que orar 21 dias seguidos no terreno sagrado.

Hanano gostou da sugestão e, nesse mesmo dia, partiu em companhia de Yuka em direção do santuário. Dia após dia ela orou, até que chegou o 21º dia. Terminadas as orações, elas voltavam passando sob a grande cerejeira sagrada, que estava em plena floração. Viram que perto do tronco havia um jovem, com cerca de 21anos. Era um belo rapaz com olhos expressivos e tinha na mão um galho de cerejeira carregada de flores. Para surpresa das duas, ele deu um agradável sorriso para Hanano e veio ao encontro dela. Gentilmente, entregou as flores para Hanano, curvando em reverência, e afastou-se em seguida.

Hanano vibrou de emoção. Ficou muito feliz, pois sentiu que o deus do amor e da união havia mandado aquele belo jovem em resposta às suas preces.

- Yuka, eu estou muito feliz. Como você disse, o deus Musubi me enviou esse lindo rapaz. Valeu a pena ficar orando durante 21 dias.

Na cidade vizinha, havia um samurai de nome Tokunosuke que, ao ficar sabendo que Sodayu procurava um noivo para a filha, resolveu ir pessoalmente se apresentar como pretendente.No dia seguinte, o moço foi visitar o pai de Hanano. A certa altura da conversa, Hanano foi chamada para servir chá ao visitante. Depois que ele foi embora, o pai disse que aquele é o rapaz que ele escolheu para ser seu esposo.

- Ele é de uma família rica. Seu pai é meu amigo. E o rapaz diz que já faz um tempo que está apaixonado por você.

Hanano nada disse, pediu licença a seu pai e retirou-se para seu quarto de cabeça baixa. Sodayu comentou com Yuka:

- Encontrei um ótimo pretendente para minha filha, mas ela em vez de mostra-se feliz, saiu às pressas para o quarto. Você pode explicar-me a razão? Você deve saber seus segredos.

Yuka a princípio vacilou em responder, mas achou que para o bem da menina devia contar toda a verdade. Assim, relatou o encontro da Hanano com o jovem desconhecido.

Na manhã seguinte, Tokunosuke veio a casa de Sodayu e ouviu de Hanano que não poderia casar-se com ele, pois amava um rapaz desconhecido.

O jovem que amava Hanano ficou desesperado. E revolveu segui-la para saber quem era seu rival.

Na tarde desse mesmo dia, Hanano e Yuka foram ao templo. Mais uma vez o jovem estava sob a cerejeira florida e, vendo a garota, se aproximou com um ramo florido e a ofereceu sem dizer uma palavra.

Tokunosuke, que estava escondido atrás de um torô (lanterna de pedra), assistiu a tudo com o coração apertado.

Quando Hanano e Yuka foram embora, Tokunosuke saiu de seu esconderijo e abordou o jovem em tom rude.

- Quem é você, seu conquistador barato? Dê seu nome e endereço, quero saber se é digno ao amor da bela Hanano.

O jovem nada respondeu, limitou-se a fitá-lo com seu olhar penetrante. Isso deixou Tokunosuke mais irritado. O samurai sacou de sua espada e atacou com um violento golpe em direção do jovem. Agarrando um galho pendente numa esquiva rápida, o jovem misturou-se às fartas flores de cerejeiras. Nesse momento, uma chuva de pétalas caiu sobre o samurai, cegando-o momentaneamente.

Quando a chuva de pétalas acalmou, Tokunosuke pôde perceber que o jovem havia desaparecido e sua espada estava clavada no tronco da cerejeira. Nisso, um dos sacerdotes do templo veio correndo e gritando:

- Seu malfeitor desalmado! Feriste o tronco da cerejeira sagrada. Por que tanta violência?

Tokunosuke pediu desculpas de joelho e contou ao religioso o que tinha acontecido. E o sacerdote explicou:

- Esta árvore é sagrada porque tem um espírito sagrado. Às vezes, o espírito da árvore se manifesta sob forma de um jovem diante do tronco. É a esse espírito que você tentou ferir com sua espada.

Tokunosuke deixou o solo sagrado e foi direto para casa de Sodayu. E contou a ele tudo o que tinha visto e ouvido.

- Talvez agora sua filha aceite casar-se comigo, pois não pode se casar com um espírito sagrado, não é mesmo?

Hanano foi chamada para saber do acontecido. O resultado foi o mais inesperado possível.

- Não sei o que dizer. Cometi uma blasfêmia, fui me apaixonar por um deus da natureza - gritava completamente fora de si. - Tenho que orar bastante no templo para ser perdoada.

Assim, Hanano, mais uma vez, recusou-se a casar com Tokunosuke e resolveu se internar em um templo e se dedicar à vida religiosa. Com o consentimento de seu pai, foi viver num templo, raspando a cabeça e vestindo um hábito branco. Hanano passou a viver sua nova vida varrendo o chão do jardim, cuidando das plantas e fazendo muitas orações. Dizem que quando ela morreu, foi enterrada no solo sagrado e, de seu túmulo, nasceu uma nova cerejeira. Hoje, essa cerejeira floresce todos os anos ao lado da cerejeira grande sagrada.

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Marcos Castilho
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MensagemEnviada: Dom Mar 09, 2008 10:28 am    Assunto: Responder com citação

Valeu Bergson, mais um belo texto, muito interessante, se tiver mais pode contar para nós.
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MensagemEnviada: Dom Mar 09, 2008 11:23 am    Assunto: Responder com citação

Marcos,

Pode esperar que tem mais algumas dezenas de textos a serem colocados. Laughing Laughing

A cada dia postarei uma nova lenda!!!!
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MensagemEnviada: Seg Mar 10, 2008 5:46 am    Assunto: Responder com citação

A Princesa e o Dragão
(Texto e Ilustração: Cláudio Seto)



Há muitos séculos, vivia, em uma pequena aldeira montanhosa, um velhinho e sua esposa. Certa ocasião, os dois foram a um santuário agradecer a Zenchi no Mikoto, o Deus da Graça Divina, pelo dom da longevidade da qual eles foram contemplados. Na volta, quando caminhavam para casa, viram no rio um cesto sendo levado pela correnteza. Curiosos, pegaram uma vara de pesca abandonada e puxaram o cesto para a margem do rio.

O casal levou um tremendo susto, porque no cesto havia uma criancinha sorridente. Como o casal não tinha filhos, interpretou que aquela graciosa menina era um presente do céu, já que durante as orações de agradecimento no santuário, haviam comentado que se tivessem filhos, a felicidade do casal estava completa.

Assim, levaram a criança para casa e a trataram com muito carinho. O tempo passou e a criança transformou-se numa linda moça. Ela era tão bonita que todos a chamavam de Hime (Princesa).

Na vizinhança, moravam dois irmãos que gostavam dela desde o tempo em que eram crianças. O irmão mais velho era esperto e muito ativo; o mais novo, amável e muito pacato.

Um dia, quando o senhor feudal visitou a aldeia durante o Festival da Colheita, vendo a moça dançar, gostou muito dela e a requisitou para morar no castelo como uma das suas concubinas.

Os aldeões ficaram satisfeitos, pois a sua ida para o castelo do senhor representava prosperidade futura da aldeia, pois ela poderia interceder junto ao senhor feudal para fazer melhorias. Porém, duas pessoas da aldeia não gostaram. Eram os irmãos que amavam a garota. Desgostoso de tudo, o mais velho foi até o penhasco e saltou para dentro do lago. Logo a seguir, o irmão mais novo. Nesse exato momento um dragão surgiu na superfície do lago e os aldeões pensaram que ele se transformara num dragão. Na verdade, o dragão era o pai dos irmãos, Ryuoo, o Rei dos Dragões.

Certo ano, na região, houve uma longa estiagem. O campo agrícola estava completamente seco e o grande lago, quase seco. Diante disso, o senhor feudal ordenou que os aldeões fizessem campos de arroz no lago semi-seco. Assim, os lavradores começaram a remover a terra do fundo do lago. Porém, nessa noite, todos os lavradores tiveram o mesmo sonho: a bela Hime apareceu a cada um deles e fez um pedido dizendo para preservar o lago como está.

Mas ninguém deu ouvido ao pedido e continuaram cavando a terra para o plantio, pois estavam desesperados. Se a seca continuasse, todos morreriam de fome.

O fundo do lago foi todo revirado pelos homens da aldeia. Então, Ryuoo ficou irritado e a água foi aumentando, aumentando, até causar uma inundação. As águas carregaram as mudas de arroz para superfície, levando-as para o campo tradicional e arrastando os corpos dos irmãos que estavam mortos no fundo do lago.

Hime vendo Ryuoo foi conversar com ele:

- Por favor, Rei dos Dragões, use seus poderes para trazer os dois irmãos à vida.

- Esses dois eram meus filhos, mas nada posso fazer, pois eles sacrificaram a vida por vontade própria. Somente outro sacrifício pode reverter essa situação.

- Eu amei os dois. Ajude-os em troca de meu sacrifício. Para dizer a verdade, trago em meu ventre um bebê do irmão mais velho, disse Hime chorando.

- Lembre-se, você, que é tão linda, se entrega sua vida em sacrifício, jamais poderá retornar à forma humana. Será para sempre um dragão feio.

Hime concordou em se transformar em dragão e viver para sempre no fundo do lago com seu amado que, após voltar à vida, preferiu a forma de dragão. O irmão mais novo adquiriu novamente forma humana e retornou à aldeia com o bebê de Hime e de seu mano.

Quinze anos depois, o bebê havia se transformado em uma linda garota. Por isso, como a mãe, todos da aldeia a chamavam de Hime (princesa).

Um dia olhando para o lago, seu tio disse:

- Fomos salvos por sua mãe 15 anos atrás. Ela era bonita como você. Aceitou ser transformada em dragão para salvar a minha vida e a de seu pai. Eu prometi que retornaria ao lago quando você completasse 15 anos. E hoje é o dia do meu retorno.

Dizendo isso, o irmão mais novo mergulhou no lago e nunca mais voltou.

Atualmente o lago é chamado de Lago Tazawa, cujo nome faz referência à plantação de arroz.


Comentário:
O lago Tazawa está situado no parque nacional Towada Hachiman, na região leste da província de Akita, e é o lago mais profundo (423m) do Japão. No local, a lendária princesa, que passou a ser chamada Tatsuko Hime (Princesa Dragão), tem sua estátua dourada instalada como símbolo do lago.

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MensagemEnviada: Seg Mar 10, 2008 5:47 am    Assunto: Responder com citação

Amigos,

Conjuntamente com as Lendas do Japão, será colocada as Histórias Budistas as quais foram lembradas pelo Fabiano Costa em um feliz momento.
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Editado pela última vez por bergson em Qui Mar 13, 2008 5:50 pm; num total de 1 vez
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Alcides Junior
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MensagemEnviada: Seg Mar 10, 2008 9:50 am    Assunto: Responder com citação

Muito legal Bergson....valeu mesmo ler todos...
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Abraços
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MensagemEnviada: Ter Mar 11, 2008 5:49 am    Assunto: Responder com citação

Esterco de pedras
(Ilustração: Cláudio Seto)



Numa época muito distante, quando alguns animais selvagens tinham o poder de transmutar em seres humanos, havia um tanuki (texugo) cujo maior prazer era pregar peças nas pessoas da região em que vivia. Esse tanuki já havia enganado várias pessoas, transformando-se em um perigoso samurai assassino e assustando os viajantes que cruzavam a mata. Também já tinha enganado quase todos os moradores de uma aldeia próxima com diversas artimanhas. Ele tinha orgulho de suas malandras peripécias, porém não se sentia plenamente realizado, porque nunca havia conseguido enganar um garoto de nome Hikoichi que morava na aldeia. O fato tornou-se uma questão de honra e, por toda a lei, o texugo queria, com algum truque bem-feito, iludir o menino ou, no mínimo, fazer alguma maldade para o garoto.

Certa ocasião, quando Hikoichi e sua mãe estavam trabalhando na horta, o texugo ficou escondido em uma moita de capim para observá-los. Percebeu, então, que Hikoichi e sua mãe trabalhavam com afinco, cavando a roça para não perder a época de deitar as sementes. Então, o texugo teve uma idéia maligna.

Quando a noite chegou, o texugo botou em ação o seu plano. Catou todas as pedras que havia na região e jogou-as na roça de Hikoichi. Aquela obra malvada certamente ia atrapalhar muito o trabalho de Hikoichi e sua mãe. O texugo vibrava de alegria só de pensar que, na manhã seguinte, Hikoichi ia chorar de raiva. É verdade que foi um plano trabalhoso, pois o texugo carregou pedra por pedra até a horta durante toda a noite. Ao amanhecer, estava prostrado de tanto esforço, porém satisfeito pelo serviço que certamente deixaria Hikoichi com muita raiva.

Não tardou muito e Hikoichi chegou para trabalhar na horta. Vendo a roça forrada de pedras, o garoto logo percebeu que aquilo havia sido obra do texugo. Desconfiando de que ele pudesse estar por perto para saborear o resultado da sua obra maligna, disse, em voz alta, para sua mãe, que se aproximava da horta.

– Veja que maravilha, mamãe! Alguma pessoa bondosa forrou nossa horta com adubo de pedra. Isso vai poupar nosso trabalho. Podemos voltar para casa e continuar dormindo. Imagine se tivessem jogado estrume de cavalo ou gado, ia ser desagradável e difícil de remover.

Assim, puxando a mão de sua mãe, Hikoichi foi embora para casa. O texugo ficou se remoendo de raiva e jurou vingança. Ato seguinte, passou para a ação. Apesar de cansado do trabalho da noite anterior, começou a retirar todas as pedras que havia jogado na horta. Isso durou grande parte do dia e foi necessário muito esforço. À tarde, o texugo já estava arrastando as pernas de cansaço. Mas era tanta a sua vontade de se vingar, que ele empreendeu muito esforço e foi até o estábulo e depois ao campo, recolhendo todo o estrume de cavalo e de gado que encontrou pela frente. Era um trabalho muito desagradável, mas, decidido a atrapalhar a vida de Hikoichi, fez várias viagens para espalhar estrumes por toda a horta. Depois, esgotado, foi para a mata descansar, certo de que havia causado tremenda dor de cabeça para Hikoichi.

Meses depois, chegou a época da colheita na roça de Hikoichi e de sua mãe. Para a surpresa de toda a aldeia, a horta deles apresentou a maior fartura de toda vizinhança.

– Nossa, mamãe, a colheita foi ótima, graças ao adubo que o texugo espalhou em nossa roça.

– É verdade, meu filho, acho que devemos agradecer a ele.

Enquanto isso, na mata próxima da aldeia, o texugo estava completamente arrasado ao descobrir que a colheita de Hikoichi havia sido muito boa. Em vez de pregar uma peça no garoto, foi ele quem o enganou direitinho. Aquilo era humilhante para um texugo tão cheio de artimanhas. Sim, ele teria que se vingar de alguma forma. Enquanto tentava articular um plano vingativo, ouviu uma voz que o chamava:

– Hei, Tanuki-san, mamãe mandou milho cozido para você. Nossa safra foi muito boa e achamos que você merece nosso agradecimento. Vou deixar os milhos aqui. Até logo e obrigado.

O texugo saboreou o milho cozido com muito prazer. Esqueceu-se de toda a maldade que fizera até então e deixou de pregar peças no pessoal da aldeia. E mais, anualmente, passou a adubar a roça de Hikoichi e sua mãe e, conseqüentemente, a saborear milho cozido após todas as colheitas.

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MensagemEnviada: Qua Mar 12, 2008 7:53 am    Assunto: Responder com citação

Medo de manju
(Ilustração: Cláudio Seto)



Há muitos e muitos anos, numa pequena aldeia rural do Japão, viviam um garoto e sua bondosa mãe. O garoto era muito inteligente e, por isso, todos o chamavam de Hikoichi, que significa o primeiro dos inteligentes. Na mata perto de sua casa, existia um tanuki (texugo) que gostava de pregar peças nas pessoas, principalmente nos viajantes que cruzavam o matagal. Como se sabe, no folclore japonês, o texugo – assim como a raposa, a serpente e o bagre – tem o poder mágico de se transformar em ser humano ou em objetos. E a arte principal do texugo dessa história era a de assustar as pessoas transmutando-se em um famoso samurai assassino, que tinha a fama de matar as pessoas para treinar sua habilidade no manejo da espada.

Sempre que um viajante passava pela estrada da mata, em um ponto chamado curva do bambuzal, era surpreendido pela aparição repentina do samurai assassino com espada em punho e seu famoso nirami (olhar fulminante), que provocava arrepios. Ele sacava a espada e dizia ameaçadoramente:

– Ei, você, chegou a hora de sentir o fio de minha espada em seu pescoço! Veja esse bambu à minha frente e imagine que é o seu pescoço.

Ato seguinte, sacava a espada e, no movimento do saque, o bambu era cortado num gesto rápido e quase imperceptível. Quando o bambu caía cortado ao meio, os viajantes saíam correndo apavorados. Largando seus pertences, fugiam apressadamente, sem imaginar que aquilo não passava de uma ilusão criada por um texugo. Ao ver as pessoas fugindo de medo, o animal encantado morria de rir e, com essa brincadeira, vivia se divertindo todos os dias.

Com o passar do tempo, a peça que pregava nas pessoas no caminho da mata foi perdendo a graça. Então, o texugo resolveu ir até a aldeia e assustar as pessoas em suas próprias casas. Seria para ele um novo desafio. Numa noite de inverno, saiu da mata e foi até a aldeia próxima. Parou diante da casa de Hikoichi e espiou por uma fresta. O menino estava sentado sonolento perto de um aquecedor à base de brasas chamado irori.

A mãe de Hikoichi, que também se aquecia junto ao filho, percebeu que alguém estava batendo à porta e disse ao garoto para atendê-la.

Quando o garoto abriu a porta, lá estava o temido samurai empunhando sua espada sanguinária. Hikoichi, que morava na entrada da aldeia, várias vezes deu abrigo a viajantes que apareciam correndo apavorados dizendo que foram ameaçados pelo samurai assassino. Vendo que a figura do samurai à sua frente era igual à descrição dada pelos viajantes, não foi difícil concluir que se tratava de um truque do texugo, pois ninguém até aquela data tinha sido morto ou ferido pela aparição.

Mas, fingindo de nada desconfiar, Hikoichi convidou o samurai a entrar.

– Por favor, meu bom homem, entre e venha se aquecer no irori.

Surpreendido pela inesperada reação do garoto, o samurai sanguinário entrou meio constrangido e sentou à beira do aquecedor. O garoto ofereceu-lhe saquê (vinho de arroz) e alguns tira-gostos. Depois de comer e beber, o texugo transformado na figura de bandoleiro perguntou:

– Você me parece um jovem que nada teme, ou será que estou enganado?

Hikoichi percebeu que estava sendo sondado pelo texugo e usou de uma artimanha:

– Bem, para falar a verdade, não tenho medo de quase nada... porém, de uma coisa morro de medo. Mas trata-se de um segredo e não posso contar para ninguém.

– Ora, pode confiar em mim. Não contarei nada a ninguém. Palavra de bandoleiro!

– Bem, sendo assim... não vai dizer para ninguém mesmo?

– Pode confiar, seu segredo ficará trancado a sete chaves!

Hikoichi estava ganhando tempo para bolar alguma idéia genial e lembrou que sua mãe gostava de manju (doce à base de feijão azuki) e disse:

– Não conte para ninguém que eu tenho medo de manju.

– Que brincadeira é essa? Como uma pessoa pode ter medo de manju?

– Por favor, não fique repetindo esse nome. Só de ouvir falar de manju, fico tremendo de medo.

Vendo que o menino estava com tremedeira, o texugo deu-se por satisfeito. Assim, despedindo-se do menino, o texugo foi embora.

Na manhã seguinte, quando Hikoichi abriu a porta, deu de cara com um prato cheio de manju, que foi deixado ali pelo texugo.

Assim, Hikoichi enganou o texugo, e ele e sua mãe saborearam o doce dando boas risadas do animal.

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nickyfury
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MensagemEnviada: Qua Mar 12, 2008 2:36 pm    Assunto: bonsai Responder com citação

Bergsom, tão boas quanto as histórias, certamente são as excelentes ilustrações. Parabens por essa interessante iniciativa. Very Happy
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que a compreensão liberte a energia criativa que existe em nós.


http://www.brasiliabonsaiclube.com (faça-nos uma visita, vc é sempre bem vindo)
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MensagemEnviada: Qua Mar 12, 2008 8:06 pm    Assunto: Responder com citação

Caro amigo Nicky,

Agradeço as palavras, muitas lendas ainda estão por vir.
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Ricardo Loriggio
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MensagemEnviada: Qua Mar 12, 2008 11:45 pm    Assunto: Responder com citação

PARABÉNS Bergson,
Bela iniciativa e belas postagens... adorei...
Tenho uma que estou digitando e logo vou postar.
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MensagemEnviada: Qui Mar 13, 2008 5:32 am    Assunto: Responder com citação

Caro Ricardo,

Estarei esperando pois adoro boas histórias.
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