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FÓRUM do Atelier do Bonsai - Mário A G Leal
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Registrado: 08/02/09 Mensagens: 847
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Enviada: Sex Maio 08, 2009 10:43 pm Assunto: matéria sobre adubos (função de cada nutriente) |
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ola
sei que nos todos temos duvidas sobre issso como qual adubo usar e e.t.c. ai esta a resposta garanto que depois de ler este texto ninguém mais vai ter duvidas do assunto.
PH das Plantas
Ter, 10 de Fevereiro de 2009 14:26 Clube do Bonsai Para os iniciantes na arte do cultivo do bonsai saberem que os bonsai é um ser vivo e precisar ser adubado, conforme abaixo:
pH é a concentração de nutrientes que uma planta precisa para boa saúde e evitar a planta ficar debilitada e ficar indefesa das pragas, os nutrientes da planta são: São 16 elementos conforme abaixo com suas especificações e do lado de 1) até 16), Carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, boro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, zinco e cloro.
O que é adubar uma planta?
Adubar não é simplesmente colocar adubo. Agronomicamente, adubar é nutrir a planta com os elementos de que ela precisa para a sua sobrevivência, sem excessos ou falta de nutrientes e na hora necessária. Ao longo do ciclo de uma planta os nutrientes são requeridos em concentrações diferentes; por isso não existe uma fórmula mágica que possa ser aplicada sempre. É necessário ter conhecimento sobre o ciclo da planta que vai ser adubada e sobre o papel de cada elemento na vida da planta. Por isso, vamos dividir este artigo em três partes distintas: nas duas primeiras procuraremos passar algumas informações básicas de nutrição de plantas e na última falaremos mais especificamente sobre a nossa experiência com adubação, abaixo:
A) NUTRIÇÃO DE PLANTAS
A planta e um vegetal superior, ou seja, possui raiz, caule, folha, flor, fruto e semente, e, como todo vegetal superior, necessita de 16 elementos para a sua sobrevivência.Esses 16 elementos são chamados de elementos essenciais por que sem eles a planta não consegue completar o seu ciclo de vida. Um elemento é essencial porque ele entra na formação de compostos importantes para a planta e sem os quais ela morreria, ou porque, mesmo não fazendo parte de nenhum composto, ele catalisa reações químicas vitais para a planta.
Os 16 elementos essenciais são: Carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, boro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, zinco e cloro. O cobalto é um elemento que ainda não teve sua essencialidade comprovada, mas é citado em literatura e também é importante em solução nutritiva de meio de cultura.Existem outros elementos que são requeridos apenas por um grupo de plantas e são essenciais apenas para este grupo, como é o caso do silício para o arroz, o sódio para o coco, etc.Esses elementos essenciais são divididos em dois grupos: os macronutrientes e os micronutrientes. Esta divisão é em função da quantidade que a planta requer e não em função de importância para planta.Os macronutrientes são o nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre.
Nitrogênio, fósforo e potássio são chamados de macronutrientes primários, pois as plantas os requerem em maior quantidade e cálcio, magnésio e enxofre são chamados de macronutrientes secundários pois, entre os macronutrientes, são requeridos em quantidades menores.Os micronutrientes são o boro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, zinco e cloro.Vamos agora detalhar a função de cada elemento na planta e o que a sua deficiência acarreta.
1) Carbono (C)
O carbono é um elemento que é a estrutura básica de toda vida orgânica. Ele está presente em todo composto orgânico formando cadeias. Sua principal fonte é o gás carbônico do ar.
2) Oxigênio (O)
O oxigênio entra na formação de compostos orgânicos, inorgânicos e da água. Sua fonte de sustentação para a planta vem da água absorvida.
3) Hidrogênio (H)
Entra na formação de compostos orgânicos, inorgânicos, água e é importante na cadeia de transporte de elétrons de reações vitais na planta.Com estes três primeiros elementos não nos preocupamos porque a própria natureza já tem um reservatório natural que é o ar e água.
4) Nitrogênio (N)
É um elemento muito móvel dentro da planta, ou seja, se a planta precisa de N e não tem o elemento ao seu dispor, ela o retira das partes mais velhas e o transloca para as partes mais novas, por isso sua deficiência é verificada primeiro nas folhas mais velhas.O nitrogênio tem muitas funções na planta. Ele é absorvido preferencialmente nas formas de amônio ou nitrato, sendo que as plantas podem absorver algumas formas mais complexas, como os aminoácidos.
O nitrogênio absorvido é convertido dentro das plantas em aminoácidos que são a base das proteínas. Todas as enzimas das plantas são proteínas e, portanto, para que toda reação enzimática da planta ocorra é necessário que a planta tenha produzido a enzima específica, onde o nitrogênio é essencial. Os aminoácidos entram na formação do protoplasma, local onde ocorre a divisão celular e crescimento das plantas.
O nitrogênio também faz parte da molécula de clorofila e sem ele a planta não realiza a fotossíntese. A base genética da planta também depende do nitrogênio, pois ele entra na formação dos ácidos nucléicos ( DNA e RNA ).Os sintomas de deficiência de N são uma clorose ( amarelecimento ), inicialmente nas folhas mais velhas e depois nas folhas mais novas. O crescimento fica lento e as plantas tendem a ficar atarracadas (apertado/arrochado).
As gemas laterais não se desenvolvem e o nível de proteínas nas sementes fica muito baixo. Provoca, em algumas planta e bonsai, queda prematura das folhas mais velhas. Plantas com poucas folhas e folhas velhas amarelecendo muito rápido é um alerta para a deficiência de nitrogênio.
Tabela 1 – Fontes de suprimento de nitrogênio
Fonte % N
Nitrato de amônio 34,0
Nitrocálcio 20,5
Sulfato de amônio 20,0
MAP 11,0
DAP 18,0 - 21,0
Cloreto de amônio 26,0
Uréia 46,0
Nitrato de sódio 16,0
Nitrato de potássio 13,0
Nitrato de cálcio 15,5
5) Fósforo (P)
O fósforo é absorvido em maior quantidade pela planta na forma do íon fosfato biácido e em menores quantidades pode ser absorvido na forma de fosfato monoácido.O fósforo é um elemento absorvido em grandes quantidades pela planta, principalmente nas fases de crescimento vegetativo. O fósforo atua na respiração, na divisão celular, no armazenamento e transferência de energia, no crescimento das células e em vários outros processos vitais na planta.O fósforo entra na formação do ATP (Adenosina Trifosfato), ácidos nucléicos, açucares, fitina, etc.O ATP é o combustível celular. É a molécula responsável pelo armazenamento e fornecimento de energia para as reações químicas vitais das plantas. Uma planta com deficiência de P tem fome de energia.
A deficiência de fósforo provoca um crescimento anormal na planta. Seu desenvolvimento é todo afetado pois a planta passa a ter deficiência de energia: não há formação de açucares e nem de ATP. As folhas começam a ficar distorcidas e podem apresentar áreas mortas. Em Laelias, quando a deficiência é muito severa, é comum observar as folhas apresentando os bordos de cor púrpura ou avermelhado. As raízes passam a se desenvolver muito lentamente e podem apresentar morte das pontas, o que é muito comum em algumas plantasPara aqueles que fazem semeio é muito importante fazer uma adubação bem rica em P na fase de coletivo e logo após o transplante para o vaso individual.
Deficiência de P nestas duas etapas pode levar ao insucesso o trabalho de 2 ou 3 anos de cultivo em frascos.Deficiência de P pode provocar também sementes com baixo poder de germinação ou baixo vigor vegetativo, o que não é desejável para quem se dedica aos trabalhos de reprodução. O fósforo é um elemento bem móvel na planta, por isso, seus sinais de deficiência aparecem primeiro em folhas mais velhas. Mas muito cuidado: nem sempre uma planta com deficiência apresenta sinais visíveis.
Desconfie de deficiência de P se sua planta, mesmo com boa fonte de nitrogênio, não apresenta desenvolvimento satisfatório e cor verde escura, apesar de bem iluminada.São fontes de fósforo: superfosfato simples, superfosfato triplo, fosfatos de amônio (MAP e DAP), nitrofosfatos, fosfato biácido de potássio, etc.
6) Potássio (K)
Normalmente as plantas apresentam teores de N e K no mesmo nível e P em menor quantidade. O potássio, ao contrário do N e P, não entra na formação de nenhum composto orgânico na planta. O seu comportamento ainda não é bem compreendido, mas tudo indica que sua função principal está ligada com o metabolismo da planta.Bom teor de K na planta aumenta a taxa fotossintética da planta, reduz a velocidade de respiração, aumenta a síntese de proteínas, promove a turgidez dos tecidos (mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos), é responsável pela manutenção do potencial osmótico das células, favorece a translocação dos metais pesados dentro da planta, ativa as enzimas (são conhecidas mais de 40 enzimas ativadas pelo K) e controla suas velocidades de reação, melhora a textura das flores, aumenta a resistência da planta às pragas e doenças, melhora resistência à baixa temperatura (muito importante para quem cultiva bonsai em clima frio), etc.
A forma pela qual o potássio é absorvido é K+ (cátion monovalente) e em plantas jovens ele pode chegar até 10% da matéria seca.O K é bem móvel na planta, por isso sua distribuição se faz das folhas mais velhas para as mais novas, sendo esta redistribuição intensa.Os sintomas de deficiência de K começam a aparecer nas folhas mais velhas e de várias formas. Primeiro os bordos das folhas mais velhas começam a murchar e ficam como se tivessem sido queimados. Continuando a deficiência, as folhas mais novas também manifestam os mesmos sintomas.
As plantas deficientes tem seu crescimento comprometido e apresentam poucas raízes, bulbos fracos, cápsulas enrugadas e pequenas, alta incidência de pragas e doenças, desidratam com muita facilidade (principalmente os seedlings após saída do frasco de cultivo).As principais fontes de K são o cloreto de potássio, sulfato de potássio, o fosfato diácido de potássio e o nitrato de potássio.
7) Cálcio (Ca)
O cálcio é absorvido pela planta na forma de cátion bivalente, Ca 2+ e é considerado praticamente imóvel dentro da mesma, ou seja, não se redistribui pelos tecidos vegetais, pelo menos de forma satisfatória.O Ca entra na formação de compostos que fazem parte da parede celular o que lhe garante, também no reino vegetal, papel importante na estrutura de sustentação das plantas. O Ca estimula o crescimento de raízes e folhas, ajuda a reduzir os nitratos, ativa várias enzimas (é constituinte da alfa-amilase) e neutraliza vários ácidos orgânicos produzidos durante o metabolismo celular.
Os sintomas de deficiência de cálcio aparecem nas partes meristemáticas, partes de crescimento ativo: sistema radicular com crescimento deficiente, raízes escuras e podres e ponto de crescimento com morte.Deficiência de Ca associada a deficiência de P aumenta substancialmente a morte das pontas de raízes, em alguns bonsai ou em algumas plantas.As pontas de folhas novas também apresentam sinais de deficiência: o tecido fica mole, gelatinoso. As fontes mais comuns de Ca são os calcários, gesso, cloreto de cálcio, superfosfatos, nitrocálcio, etc.
Magnésio (Mg)
O magnésio é absorvido na forma de cátion bivalente, Mg 2+ e é considerado um elemento móvel apenas no sentido raiz-folha. Esta mão única de redistribuição faz com que toda a planta tenha que ser adubada com Mg para corrigir a deficiência.O Mg é o elemento central da molécula de clorofila, logo, sua principal função está relacionada com a fotossíntese. É também ativador das reações de fosforilação de uma maneira geral (transferência de energia) e de vários sistemas enzimáticos.
Os sintomas aparecem primeiro em folhas mais velhas onde é verificada uma coloração amarelada, bronzeada ou avermelhada, enquanto que as nervuras permanecem verdes. Em orquídeas são sinais difíceis de serem notados.A adubação de Ca deve ser bem balanceada com a de Mg pois altos teores de Ca na planta induzem a uma baixa absorção de Mg. Adubações nitrogenadas constantes à base de amônio ou altas doses de K podem levar a planta a uma deficiência severa de Mg.São fontes de Mg os calcários magnesianos e dolomíticos, sulfato de magnésio, sulfato duplo de potássio e magnésio, etc.
9) Enxôfre (S)
É absorvido principalmente pela forma de sulfato, mas, em locais muito poluídos, pode ser absorvido como dióxido de enxofre. É considerado um elemento pouco móvel na planta, porque seus sintomas de deficiência aparecem nas folhas mais novas, mas quando aplicado na forma de sulfato nas folhas, apresenta grande mobilidade.
O enxofre é constituinte dos aminoácidos (metionina, cistina, cisteína) e promove a produção de enzimas e vitaminas, auxilia na formação de sementes e é necessário para a formação da clorofila, apesar de não ser um dos constituintes dela.Os sintomas de deficiência aparecem nas folhas mais novas. Elas tomam uma coloração verde clara, podendo toda a planta adquirir esta aparência. As folhas enrugam mas podem chegar a morte quando no estágio inicial pós transplante Os bulbos ficam finos e lenhosos.As fontes de S são o enxofre natural, o ácido sulfúrico e os adubos já citados, que são sulfatos.
10) Boro (B)
É absorvido na forma de borato, borato monoácido, borato diácido ou mesmo tetraborato. É considerado um elemento imóvel na planta e, portanto, sua deficiência se manifesta nas partes mais novas ou em crescimento ativo.O boro não faz parte, como o K, de nenhum metabólito dentro da planta mas sabe-se que ele é importante para a germinação dos grãos de pólen e crescimento do tubo polínico, é essencial para a formação de sementes e das paredes celulares, forma complexos açúcar-borato que favorece a translocação dos açúcares dentro da planta e também sua presença é importante no processo de produção de proteínas.
Cápsulas caindo prematuramente ou dificuldade de fecundação, em algumas plantas, pode ser um alerta para a deficiência de boro.A deficiência de boro retarda o crescimento das plantas, provoca morte das gemas terminais, encurvamento das folhas novas, morte das pontas de raízes, cápsulas sem sementes viáveis ou com baixo vigor vegetativo.São fontes de boro o ácido bórico (17% de B) e bórax (tetraborato de sódio decahidratado, com 11% de B).Deve-se evitar o excesso do boro pois ele pode causar fitotoxidez.
11) Cobre (Cu)
É absorvido na forma de cátion bivalente. Normalmente é utilizado pela planta como catalisador de várias reações vitais, além de ser importante no processo de formação da molécula de clorofila.Os sintomas de deficiência são poucos conhecidos e não são muito bem caracterizados, mas podemos citar a mudança na coloração normal da folha, passando ela para uma cor verde-azulada, chegando a ficar clorótica (aspecto amarelado).Pode ocorrer também dificuldade de desenvolvimento das gemas, principalmente quando se vai forçar a planta a uma divisão.
Orquidários onde são pulverizados regularmente fungicidas à base de cobre dificilmente terão plantas com deficiência de cobre.A fonte mais comum de cobre é o sulfato de cobre (22,5% de Cu).
12) Ferro (Fe)
Um dos micronutrientes mais exigidos pelas orquídeas é o ferro, principalmente pelas Laelias das regiões ferríferas de Minas Gerais.As orquídeas se desenvolvem muito bem em substrato rico em ferro, razão do sucesso do xaxim no seu cultivo.O Fe é absorvido pela planta na forma de cátion bivalente e é um elemento muito pouco translocável dentro da planta, razão pela qual os sintomas aparecem primeiro nas folhas mais novas.Como o Cu, o Fe também catalisa o processo de formação da molécula de clorofila, é importante como transportador de oxigênio e ajuda a formar certos sistemas respiratórios da planta.
O sulfato ferroso é a principal fonte de ferro mas aconselha-se usá-lo em soluções nutritivas complexado com EDTA sódico para evitar a formação de sais insolúveis, principalmente fosfatos.Os sintomas de deficiência de Fe na planta se apresentam na forma de amarelecimento das folhas mais novas e nervuras verdes, fazendo um contraste na folha e pode ocorrer morte das gemas, ficando estas meio esbranquiçadas.
13) Manganês (Mn)
O Mn atua diretamente na fotossíntese ajudando na síntese de clorofila, aumenta a disponibilidade de Ca e P, acelera a germinação e a maturidade dos tecidos vegetais e ativa várias reações metabólicas pois atua como parte do sistema enzimático.Os sintomas de deficiência aparecem primeiro em folhas mais novas e observa-se um amarelecimento entre nervuras. Sua deficiência em plantas cultivadas em tocos ou palitos de xaxim é difícil de se apresentar mas pode ser observada em cultivo de vasos onde se coloca com freqüência torta de mamona e farinha de osso.A fonte mais comum de Mn é o sulfato de manganês que possui de 26 % a 28% de Mn.
14) Molibdênio (Mo)
É absorvido na forma de molibdato. Sua deficiência é de difícil diagnóstico já que muitas vezes vem associada à deficiência de N.A planta absorve muito N como nitrato mas não o utiliza desta forma. No interior da planta, o N na forma de nitrato tem que ser reduzido para amônio para ser incorporado aos esqueletos carbônicos. Neste processo o Mo é essencial pois ele é necessário para a formação da enzima responsável por esta reação de redução – a redutase do nitrato. Sem o Mo não se tem a enzima e a planta passa a apresentar deficiência de N.
O Mo também está presente no processo de transformação do P inorgânico para orgânico na planta.A deficiência de Mo causa um amarelecimento geral na planta porque está ligado a falta de N nos tecidos vegetais. Com isto, tem-se o crescimento da planta comprometido.Uma adubação mais pesada em P favorece a maior absorção de Mo enquanto que altas doses de S inibem a sua absorção por isso, sempre que possível, substitua o adubo que contenha sulfato por outro.A fonte mais comum de Mo é o molibdato de sódio que contém de 39% a 41% de Mo.
15) Zinco (Zn)
É absorvido na forma de cátion bivalente. É um nutriente pouco móvel na planta.O Zn é necessário para a produção de clorofila e está envolvido com a produção de enzimas, principalmente as desidrogenases.Fungicidas à base de zineb são boas fontes de Zn e Mn e onde eles são usados dificilmente parecem deficiências desses dois micronutrientes.Em bonsai a deficiência de Zn pode acarretar bulbos pequenos e um grande brotamento de gemas mas com alto índice de morte dos brotos.
A fonte mais comum de Zn são os sulfatos de zinco hidratados que podem ter de 23% a 36% de Zn, dependendo do grau de hidratação do sal.
16) Cloro (Cl)
É absorvido na forma de cloreto e pouco se conhece de sua função na planta. Suspeita-se que o Cl tenha um papel no fotossistema II da fotossíntese e também interfira no processo de absorção de P, mas nada ainda está esclarecido.É um elemento que não preocupamos com ele porque dificilmente as plantas apresentarão sintomas de deficiência.Os adubos na forma de cloretos são fontes de Cl, como por exemplo, o cloreto de potássio.
As orquídeas são plantas com um metabolismo adaptado para funcionar à noite, principalmente, por que o seu principal mecanismo de defesa contra perda de água funciona muito bem – os estômatos. Os estômatos são os poros das plantas e quando as condições são desfavoráveis eles permanecem fechados impedindo a troca de gases e reduz sensivelmente a perda de água. Este mecanismo tem que ser mais eficiente nas orquídeas que nos outros vegetais devido a dificuldade das primeiras se reidratarem nas condições na natureza.
Como os estômatos estão abertos à noite, esta é a hora de maior absorção de nutrientes e água via folha. Por isso, a recomendação para se adubar e irrigar orquídeas é no final do período da tarde ou à noite.Para recomendação de adubação para bonsai, vamos separar as plantas jovens de plantas adultas pois as necessidades são diferentes em termos de quantidade e freqüência das adubações.A adubação pode ser feita com adubo formulado já adquirido no mercado com sua formulação pronta (BIOFERT PLUS – que tem 16 nicronutrientes necessários para a boa saúde do bonsai) ou o próprio bonsaista pode fazer a sua formulação ( isto será um assunto abordado pelo próprio profissional ). Deve-se sempre ter em mente que o primeiro número da fórmula corresponde a concentração de nitrogênio ( N ), o segundo número ao fósforo ( P ) e o terceiro número nos dá a concentração de potássio (K).
É o conhecido NPK.
a) Plantas jovens (até 2 anos em cultivo fora de frascos)
A planta jovem, oriunda de semente ou meristema, já em cultivo individual deve receber uma adubação quinzenal e em pequenas concentrações por vez, haja visto que a planta tem uma reduzida área foliar e ainda não tem condições de agüentar estresse por falta ou excesso de adubação.
A adubação nesta fase de cultivo deve ser rica em fósforo e potássio, devendo-se ter o cuidado de não fornecer nitrogênio em excesso.
Pode-se usar fórmulas do tipo 04-30-16 (1 g / litro de água), 07-12-10 ( 2 g / litro de água ) ou 10-10-10 ( 2 g / litro de água ).Os micronutrientes devem ser aplicados uma vez por mês juntamente com a adubação normal.Um cuidado que se deve ter ao aplicar os micronutrientes é fazer a correção do pH da água para 6,0.
Os micronutrientes são aplicados em dosagens muito pequenas. O mais prático é fazer duas soluções e guardar em geladeira para depois usar ( solução estoque ).Deve-se ter uma solução estoque para o ferro (solução A) e outra para os demais micronutrientes (solução B).
Solução A: Para se preparar 1 litro da solução estoque de ferro deve-se dissolver em 800 ml de água 4,0 g de trillon em pó. Em outro recipiente dissolver 3,0 g de sulfato ferroso. Despejar a solução de sulfato ferroso na solução com o trillon e agitar fortemente por cerca de 5 minutos. Envolver o vasilhame em papel alumínio para evitar luz e conservar em geladeira. O trillon é o nome comercial do EDTA sódico que vai queletizar o ferro e evitar que ele reaja com outros sais da solução nutritiva e se precipite em formas não disponíveis para a planta.
Solução B: Para l litro de solução estoque de micronutrientes usar 1,0 g de cloreto de cálcio, 0,5 g de sulfato de magnésio, 0,5 g de ácido bórico, 0,3 g de sulfato de zinco, 0,1 g de sulfato de manganês, 0,1 g de molibdato de sódio e 0,1 g de sulfato de cobre. O enxôfre já está presente nos sulfatos e cloro no cloreto de cálcio.Não se aconselha armazenar as soluções estoques por mais de 6 meses.Então, o esquema de adubação dentro de cada mês seria o seguinte:
- 1ª quinzena: apenas o adubo formulado.
- 2ª quinzena: adubo formulado + 10 ml da solução estoque A+10 ml da solução estoque B.
b) Plantas de 2 anos até iniciarem o florescimento
A planta com 2 anos de cultivo já deve estar bem desenvolvida e com bulbos bem definidos.Desta fase em diante, ela já pode começar a receber uma adubação mais rica em nitrogênio e já ter uma diferenciação nas concentrações de nutrientes, conforme a época do ano pois ela passa a apresentar o comportamento da espécie na natureza. A adubação pode passar a ser mensal.
IMPORTANTE
a) Plantas jovens
Inverno: a planta apresenta pouco ou quase nenhum desenvolvimento vegetativo, por isso deve-se evitar as adubações em junho e julho.No mês de agosto, nas regiões onde a temperatura começa a subir, nota-se o aparecimento de raízes e brotações novas. Neste período, pode-se iniciar a adubação usando-se o mesmo adubo formulado usado até então. Deve-se fazer apenas uma adubação mensal na mesma dosagem de 1 g / litro de água.No mês de setembro já pode usar somente o sulfato de amônia, na dosagem de 2 g / litro de água.Tanto na pulverização de agosto como na de setembro usar 10 ml da solução estoque A + 10 ml da solução estoque B.
Primavera: No meses de outubro e novembro usar adubo formulado 20-05-15 ou 20-05-20 que são ricos em nitrogênio e potássio e com menor teor de fósforo. Deve-se usar 2 gramas do adubo por litro de água + 5 ml da solução estoque A + 10 ml da solução estoque B ou Biofert Plus.No mês de dezembro, adubar com uma mistura de sulfato de amônia e cloreto de potássio. Para cada litro de água dissolver 1 g de sulfato de amônia + 0,5 grama de cloreto de potássio + 5 ml da solução estoque A.
Verão: No mês de janeiro repetir a mistura usada no mês de dezembro ou Biofert Plus.Em fevereiro e março deve-se repetir a adubação feita em outubro/novembro ou Biofert Plus.
Outono: No mês de abril, a adubação deve ser feita somente com cloreto de Potássio na base de 1 g por litro de água ou Biofert Plus.No mês de maio usar 0,5 por litro do adubo formulado usado em outubro/novembro + 5 ml da solução estoque A + 5 ml da solução estoque B.
b) Plantas adultas
A planta ao florescer passa a apresentar necessidades nutricionais diferenciadas da planta mais jovens porque a planta adulta tem como prioridade a perpetuação da espécie. A planta adulta passa a produzir flores que, após a fecundação, produzirão as sementes. Toda a energia da planta é direcionada para este processo que é muito desgastante, por isso deve-se evitar mais de duas fecundações sucessivas na mesma planta. Como para a planta jovem, a recomendação de adubação para planta adulta será de acordo com as estações do ano.
Inverno: Não se deve adubar nos meses de junho e julho.No mês de agosto deve-se usar o adubo formulado 10-10-10 ou similar na dosagem de 5 g / litro de água + 10 ml da solução estoque A + 10 ml da solução estoque B.No mês de setembro deve-se usar sulfato de amônia na base de 5 g / litro de água + 10 ml da solução estoque A + 20 ml da solução estoque B.
Primavera: No mês de outubro e novembro usar a fórmula 20-05-20 ou similar na dosagem de 5 g / litro de água + 10 ml da solução estoque A + 20 ml da solução estoque B ou Biofert Plus.No mês de dezembro aplicar por litro de água 10 g de sulfato de amônia + 5 g de cloreto de potássio + 10 ml da solução estoque B ou Biofert Plus.
Verão: Em janeiro usar o adubo formulado 10-10-10 na base de 5 g / litro de água + 10 ml da solução estoque A + 10 ml da solução estoque B ou Biofert Plus.Em fevereiro e março repetir a adubação feita em dezembro.
Outono: Os meses de abril e maio correspondem ao fim do adubo porque em junho e julho não adubar por causa do inverno.Deve-se aplicar apenas 5 g / litro de ácido bórico. Tomar cuidado com as plantas que irão para exposição, pois a pulverização pode vir a manchar as flores.
IMPORTANTE
Alguns bonsaístas usam um único adubamento para todas as planta de 15 em 15 dias, seria bom o biofert plus (meia tampa amarela do frasco de 250ml para cada 2 (dois) litros de água, misturar o frasco antes de fazer a mistura, para o nutriente do fundo vim a ser misturado. Só na época das floração fazer um complemento com biofert floração.
Artigo elaborado por Sergio R. Santos - SERMAR Bonsai |
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Alexandre S. Coelho PARTICIPANTE


Registrado: 16/09/04 Idade: 52 Mensagens: 3929 Localização: RECIFE - PE
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Enviada: Sáb Maio 09, 2009 9:34 am Assunto: |
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Oi Rodrigo
É sempre bom ler novos artigos que nos ajudam a manter nossas arvorezinhas com saúde!!! Obrigado! _________________ Abraços
Alexandre S. Coelho
Associação Nordestina de Bonsai
Bonsai, arte de transformar e ser transformado pela natureza... |
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Luigi

Registrado: 29/08/08 Mensagens: 44 Localização: Franca - SP
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Enviada: Sáb Maio 09, 2009 3:17 pm Assunto: |
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E ai Rodrigo,
Ou beleza de materia, bem detalhada obrigado por compartilhar
um abraço e té mais _________________ Viver a vida a cada batida do coração |
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Felipe 5.o PASSO

Registrado: 14/09/05 Idade: 45 Mensagens: 921 Localização: Florianópolis - SC
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juberson
Registrado: 21/01/09 Idade: 47 Mensagens: 42 Localização: curitiba
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Enviada: Ter Maio 12, 2009 9:18 am Assunto: Uma Pergunta?? |
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Rodrigo esse Sergio é Agronomo, ou representante da Biofert???? |
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DigoF3 5.o PASSO

Registrado: 08/02/09 Mensagens: 847
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Enviada: Qui Maio 14, 2009 9:42 am Assunto: |
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ola ele é agrônomo, eu acho , nao tem muito conhecimento sobre ele |
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juberson
Registrado: 21/01/09 Idade: 47 Mensagens: 42 Localização: curitiba
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Enviada: Qui Maio 14, 2009 11:41 am Assunto: |
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Olá bom eu sou Engenheiro Agrônomo e já no inicio do texto se percebem muito erros de alguém que não conhece o assunto tecnicamente.
"PH das Plantas" o correto é pH do solo, e pH não é concentração de nutrientes que a planta precisa e sim o potencial hidrogenionico que indica o grau de acidez do solo que pode variar de 0 a 14 sendo o pH 7 neutro, abaixo de 7 acido e acima de 7 alcalino, sim, mas o que tem a ver o pH com adubação, tem muito, pois ele influencia diretamente na capacidade da planta absorver nutrientes essenciais.
Não conhece nada de botânica também, pois a afirmação que ele fala no tópico (A) “A planta e um vegetal superior” planta e vegetal são sinônimos se ele escreve-se que as Angiospermas são conhecidas como vegetais superiores poderia-se considerar certo.
Com relação aos elementos as informações estão corretas
Com relação às recomendações de adubação é um campo muito perigoso, pois depende de muitos fatores para se poder generalizar como ele generalizou no texto dele, eu como Agrônomo só recomendo uma adubação após uma analise de solo e depois de conferir a necessidade da planta a ser adubada, caso contrario seria muita irresponsabilidade do profissional sair recomendando a formulação “mágica” para todo mundo, o que poderia debilitar uma planta ou até leva-la a morte. |
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Cleriston 2.o PASSO

Registrado: 14/09/07 Idade: 42 Mensagens: 207 Localização: Bauru-SP
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Enviada: Qui Maio 14, 2009 1:13 pm Assunto: |
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Juberson como é bom ter alguém com seu conhecimento por aqui. Uma das coisas que tenho mais curiosidade é sobre a adubação. Muita coisa se vê por ai na internet e tal, mas muita coisa repetida sobre a função do NPK. Pouca coisa sobre aplicação (quantidade) do adubo na planta. Artigos técnicos (de faculdades, embrabapa, etc) são mais voltadas a adubação agricola comercial de grande porte.
Creio eu que tem uma diferença entre adubação de uma campo soja e uma planta em um vaso.
Com seu conhecimento acadêmico, você poderia nos dizer se dá pra fazer um "mini tutorial" de adubação para plantas em vasos, com um determinado substrato? Pois pra nós é dificil pegar vaso a vaso e levar para um agronômo fazer análise. Não é?
Desde já agradeço sua contribuição _________________ Cleriston Martinelo
Araraquara-SP |
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DigoF3 5.o PASSO

Registrado: 08/02/09 Mensagens: 847
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Enviada: Sex Maio 15, 2009 6:34 pm Assunto: |
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ola agradesso por ter corrigido os erros do texto assim podemos saber que sites devemos confiar mais ou confiar menos
t+  |
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juberson
Registrado: 21/01/09 Idade: 47 Mensagens: 42 Localização: curitiba
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Enviada: Seg Maio 18, 2009 4:45 pm Assunto: |
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Apesar do e-mail mal educado que recebi do autor do texto vou continuar respondendo quem possa ter alguma duvida, pois me inscrevi neste fórum para aprender e ajudar (sem cobrar nada) no que eu puder.
Cleriston realmente a adubação em uma lavoura de soja e em um vaso de bonsai são coisas muito diferentes não pela proporção, mas sim pelas plantas envolvidas, com relação à dificuldade de se analisar vaso por vaso como seria o mais correto o que se pode fazer é na época de troca de substrato, não sei se todo mundo faz assim, mas meu sogro que é um bonsaista se programa para fazer a troca de todas as plantas juntas, nesse caso o que se pode fazer é montar o substrato que mais lhe agrada e retirar uma amostra na quantidade que o laboratório de analise de solos mais próximo a você recomendar (em geral 500g de solo) e enviar para analise, ai sim levar essa analise para um agrônomo de sua confiança recomendar a adubação com base na necessidade da planta, por isso que fica difícil fazer um mini tutorial de adubação em vasos, pois para cada solo e para cada planta é uma recomendação diferente dependendo do que tem no solo e do que a planta necessita, por isso que eu escrevi que é muita irresponsabilidade e pra não falar um crime qualquer pessoa sair por aí recomendando adubação, irresponsabilidade, pois pode levar a planta a morte e crime, pois por lei somente um Agrônomo pode recomendar uma adubação.
Rodrigo no que eu puder ajudar estou a disposição
Abaixo um link de como se fazer uma amostragem de solo
http://www.cnps.embrapa.br/servicos/metodo_coleta.html |
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