FÓRUM do Atelier do Bonsai - Mário A G Leal

[nickyfury]

Laudir, não sou seu mestre, mas seu amigo. Apenas isso, garoto. Nada mais.

Em relação às suas plantas, emiti opinião sobre o Adenium. Embora não o cultive visando formar um bonsai, pelas razões que expus no tópico referente a ele, acredito que possa resultar numa ótima aquisição para seu viveiro, principalmente pela linda floração que breve irá brindá-lo. Acho que só por isso o inverstimento realizado por voce vale a pena. Mas é claro que vc sempre poderá fazer dele um pseudo bonsai, que é como eu me refiro aos cultivados em vasos de bonsai.

Fique atento para as mudas. É uma planta facilima de lidar com ela, principalmente nesse ponto: formar novas plantas a partir da original. Isso proporciona uma bela coleção.

Em relação a sua Jabu, eu optaria por deixá-la onde está. Afinal, com ela tão ao seu alcance, poderia ir aos poucos melhorando seu aspecto, que atualmente está bem "judiada" a meu ver. Vc pode abrir um buraco em torno dela, de maneira a realizar uma leve sangria, lembrando apenas de preencher o buraco com areia grossa, para facilitar o desenvolvimento de novas raizes capilares.

Ao mesmo tempo, com a planta no chão, pode cuidar de melhorar os cortes, firmando-os com material cicatrizante, depois de dar um "trato" mais adequado a eles. Os galhos estão inertes, alguns secaram. Retire os secos e aproveite para borrifar adubo liquido nos que estão vivos. Preserve melhor a planta, por que lá na frente, daqui a alguns anos, quando retirar do chão, poderá ter em mãos algo bem melhor.

Lembrando que deverá adubar no chão, regar ao menos uma vez por dia, etc. Nada de aramação, nem podas ou cortes radicais. Deixe a planta estabilizar e se recuperar bem, antes de mexer novamente com ela.

Mas, se por outro lado, não tiver outra saída a não ser retirar, então aguarde o próximo inverno, fazendo ao menos a sangria conforme descrevi, para adiantar o futuro das raizes capilares.

A propósito: e aquelas mudinhas, estão sobrevivendo ainda? Abraços e boa sorte com suas novas aquisições, garoto.
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que a compreensão liberte a energia criativa que existe em nós.


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[Alexandre S. Coelho]

Oi nicky

Bela peça... Dificilmente se vê por aí uma neste porte!!!

Gostaria lhe opinar
Acredito que esta parte que falas ser a traseira seja a melhor frente, pois visualizamos o contraste entre as madeiras viva e morta... Da mesma forma, pense em realizar trabalhos com retífica na madeira morta para que esta ganhe mais movimentos, mais ou menos assim:


... Se minha, ainda tentaria baixar bem a copa com aramagem e podas para formar uma árvore bem compacta e sinuosa:

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Abraços

Alexandre S. Coelho
Associação Nordestina de Bonsai

Bonsai, arte de transformar e ser transformado pela natureza...

[nickyfury]

Alexandre, agradeço suas palavras e a excelente projeção que vc fez para essa planta. Ocorre que, inicialmente, eu conduzia a planta justamente para esse tipo de trabalho, quando então o nobre amigo bonsaista lusitano, Antonio Castro, fez uma projeção diferenciada, sugerindo uma mudança bem radical e que considerei ótima para a planta, sendo que, desde então, venho cultivando ela nesse sentido.

Mas, de qualquer forma, agradeço pelo projeto, que irei guardar e analisar detidamente, comparando-o com o do Castro e verificando qual dos dois resultaria melhor. Pelo volume do tronco, todavia, e considerando a variedade dessa zakuro, que produz frutos grandes, creio que ficaria muito sem harmonia se eu reduzisse a massa verde como vc sugere. A não ser, claro, que, para isso, eu então começasse a desistir da frutificação, priorizando apenas a florada.

Repare o tamanho do fruto real com o fruto no seu projeto: eles são diferentes. As folhas são maiores, tambem, e mesmo com pinçagem elas não reduzem muito, de maneira que a compactação proposta por vce talvez não ocorresse tão simples assim. Por isso, a planta está sendo conduzida conforme orientou o nobre amigo Castro, que projetou para um bonsai com massa verde maior, dentro das caracteristicas reais dessa variedade de romanzeira.

De qualquer forma, gostei da sugestão de cortes na madeira, visando amenizar as areas retas, o que redundaria em um bom movimento no tronco como um todo. Embora a frente não seja a que vc ilustrou, poderei trabalhar o tronco visando essa mudança, sem nenhum problema.
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[Sergio Batalini]

Ola Nick.

Tenho um tronco bem velho como este teu e com 80% de madeira morta , mas que infelizmente esta apodrecendo na base apesar das sucessivas camadas de calda sulfocaustica ...
Acredito que a umidade esta acelerando o apodrecimento , por isso penso em trocar a parte superior do substrato por cacos ceramicos ou seixos rolados ... tentando assim manter mais seca a base do tronco .
Pergunto :
Sua planta tb tem madeira morta em contato com o substrato , como conserva para que não apodreça ?

[Mcdonald]

Esse Alexandre... com suas ótimas projeções... ficou show.... parabéns meu velho....
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www.macdonaldfernandes.wordpress.com

[nickyfury]

Bonsergio, a melhor maneira de se conseguir isso é retirando a planta da exposição direta ao tempo, colocando-a em um local onde fique ao abrigo, protegida da chuva, geada, etc. Deve-se tomar cuidado tambem com a agua da rega, molhando apenas o substrato, evitando molhar a folhagem, para não escorrer pela madeira e contribuir para o desgaste dela.

Minha planta fica ao abrigo, durante a época chuvosa. Apenas quando o sol implacável retorna com força total, por longos períodos aqui no DF, é que coloco a planta junto com as demais, expondo-a ao sol direto o dia inteiro. Rego apenas o substrato, tambem, aplicando calda sulfocalcica a cada 30 dias. Lembrando que a calda não impede a umidade, mas protege contra a ação de insetos e agentes nocivos.

Em minha chacara, a casa tem uma varanda ampla, onde deposito várias plantas que têm o tronco trabalhado com madeira exposta. Dessa forma, protejo e evito o desgaste prematuro do material, promovendo um controle maior com a rega diária tambem. Eu uso um asperssor metálico, japonês, com furos minusculos, feitos à laser, para irrigar minhas plantas. Dessa forma, o jato de agua sobre o solo é menos impactante, não atingindo a parte da madeira exposta, mas molhando de forma a apenas umidificar o solo o extremamente necessário, sem encharque.
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