FÓRUM do Atelier do Bonsai - Mário A G Leal

[Fernando Magalhães]

Olha essa estilização que fiz há pouco tempo em uma planta do Flavio Lopes, ela é uma muda feita por alporquia em um topo de uma muda de juniperus comunis que seria podada e descartada, na época ele insistiu muito que eu fizesse para ele.

Passaram-se praticamente 8 anos sem trabalho algum, somente poda grosseira neste vaso.

Bem, olha o que virou.

Gosto muito deste tipo de estilização, pois se trata de um material comum, nada muito sofisticado, mesmo assim com um pouco de disciplina e técnica se torna uma boa arvore.












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Fernando Magalhães
BMV

[SEKI - Elio Luis Secchi]

Aí Fernando, bom trabalho. Estilizaçào muito bem conduzida.
A não ser que as fotos enganam, mas não entendi a inclinação do ápice para a direita, considerando que os troncos são eretos, creio que este ápice ficaria melhor segindo a linha do tronco.
No mais só alegria. Parabéns.
abraço
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SEKI - Élio Luis Secchi .'.
Busco a sabedoria dos mestres, mas continuarei sendo um eterno aprendiz .'.

[Fernando Magalhães]

Olá Elio,
Obrigado pelas considerações, sempre que posso tento colocar algo polêmico para troca de conhecimentos, gosto muito do fórum quando buscamos esse tipo de interação, saudável e com criticas que podem melhorar a nossa construção e percepção da arte.

Sobre este polêmico ápice, depois de muito refletir e tentando aplicar um pouco do conhecimento adquirido nos ultimo anos, chegue a esta estilização propositalmente, busco quebrar paradigmas, ir além dentro da arte, talvez tentar buscar uma forma mais natural em nossas plantas.

Um novo caminho me deixou muito perplexo em busca de uma nova direção. Recentemente uma frase fica martelando em minha cabeça “muitas pessoas tentam fazer uma árvore se tornar um Bonsai, hoje eu busco tornar um Bonsai parecer cada vez mais com uma árvore – Walter Pall”. Ele faz uma brincadeira na qual pega uma foto de um de seus Bonsai e a edita colocando em uma paisagem, fica quase impossível ver que se trata de uma montagem. O mesmo ele realiza com uma centenária com características polêmicas, a transforma em um bonsai editando-a onde muitos questionam regras afirmando realmente que não existe na natureza, ai ele mostra que se trata de uma arvore velha, grande, bela e natural.

Nos últimos anos vejo que cada árvore deveria ser uma única e bela peça de arte, independente de suas qualidades e características. Aprender ir além da rigidez e das regras, porem buscando a essência na origem da arte japonesa. Conseguir ver como um todo, uma arte, conhecer pontos simples pouco estudados e conhecido pelo bonsai no Brasil, como naturalismo, respeito à planta, e os pontos comuns e todas as artes (equilíbrio, balanço, ritmo e harmonia).

Por que dos ápices inclinados: - pode perceber a presença dos jins apicais que ambas as plantas possuem (talvez não nítido na foto) que podem favorecer o crescimento lateral, comum de ser visto em plantas na natureza. Torna ela mais natural e foi a principal forma de juntar, linkar uma planta a outro, criando um ritmo e balanço, caso contrario ficaria uma planta em direção a um lado e a outra para outro, não criando a ideia de união entre elas, acho que pode ser discutido como a grande dificuldade em fazer um tronco duplo. Sem falar que os jins já existentes e o sharis que serão feitos no futuro vão ajudar a criar a adversidade necessária.

Uma árvore com características de jin apical, jins pelo troco e shari no meu ponto de vista criam uma forma de competição, adversa de crescimento, permitindo movimentos variados, diferentemente de uma forma rígida como um Chokan.

Analise a planta como um todo, o que você me diz, tenta imaginar as copas mais fechadas e uma arvore em uma borda de um bosque em uma montanha? O que me diz da harmonia geral, do jin?
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Fernando Magalhães
BMV

[Fernando Magalhães]

Olá Elio,
Obrigado pelas considerações, sempre que posso tento colocar algo polêmico para troca de conhecimentos, gosto muito do fórum quando buscamos esse tipo de interação, saudável e com criticas que podem melhorar a nossa construção e percepção da arte.

Sobre este polêmico ápice, depois de muito refletir e tentando aplicar um pouco do conhecimento adquirido nos ultimo anos, chegue a esta estilização propositalmente, busco quebrar paradigmas, ir além dentro da arte, talvez tentar buscar uma forma mais natural em nossas plantas.

Um novo caminho me deixou muito perplexo em busca de uma nova direção. Recentemente uma frase fica martelando em minha cabeça “muitas pessoas tentam fazer uma árvore se tornar um Bonsai, hoje eu busco tornar um Bonsai parecer cada vez mais com uma árvore – Walter Pall”. Ele faz uma brincadeira na qual pega uma foto de um de seus Bonsai e a edita colocando em uma paisagem, fica quase impossível ver que se trata de uma montagem. O mesmo ele realiza com uma centenária com características polêmicas, a transforma em um bonsai editando-a onde muitos questionam regras afirmando realmente que não existe na natureza, ai ele mostra que se trata de uma arvore velha, grande, bela e natural.

Nos últimos anos vejo que cada árvore deveria ser uma única e bela peça de arte, independente de suas qualidades e características. Aprender ir além da rigidez e das regras, porem buscando a essência na origem da arte japonesa. Conseguir ver como um todo, uma arte, conhecer pontos simples pouco estudados e conhecido pelo bonsai no Brasil, como naturalismo, respeito à planta, e os pontos comuns e todas as artes (equilíbrio, balanço, ritmo e harmonia).

Por que dos ápices inclinados: - pode perceber a presença dos jins apicais que ambas as plantas possuem (talvez não nítido na foto) que podem favorecer o crescimento lateral, comum de ser visto em plantas na natureza. Torna ela mais natural e foi a principal forma de juntar, linkar uma planta a outro, criando um ritmo e balanço, caso contrario ficaria uma planta em direção a um lado e a outra para outro, não criando a ideia de união entre elas, acho que pode ser discutido como a grande dificuldade em fazer um tronco duplo. Sem falar que os jins já existentes e o sharis que serão feitos no futuro vão ajudar a criar a adversidade necessária.

Uma árvore com características de jin apical, jins pelo troco e shari no meu ponto de vista criam uma forma de competição, adversa de crescimento, permitindo movimentos variados, diferentemente de uma forma rígida como um Chokan.

Analise a planta como um todo, o que você me diz, tenta imaginar as copas mais fechadas e uma arvore em uma borda de um bosque em uma montanha? O que me diz da harmonia geral, do jin?
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Fernando Magalhães
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[SEKI - Elio Luis Secchi]

Muito interessante seu ponto de vista. É bom quando quebramos as regras conscientemente visando um resultado diferenciado, que claro, pode ou não ser o mais adequado...Mas sempre é um novo caminho. Concordo. Entendi suas colocações o que me levaram a rever, parar, pensar, analisar. De fato, seguir a linha do tronco seria o corriqueiro e possivelmente neste caso não o mais indicado. Na primeira vez que observei percebi sua sutil idéia de como você colocou de juntar, linkar as duas plantas...porém creio que a fuga dos dois ápices para o mesmo lado, produziu quase um efeito fukinagashi. Não sou bom em edição de foto, mas acho que seria interessante analisar a colocação do ápice da planta maior, um pouco menos inclinado e o da planta menor também buscando compor o grande ápice geral do conjunto, sem fugir dele...
Mas como você diz, tem aí outros elementos, no caso os jins, que na foto não produzem o efeito que possivelmente o fazem com a planta ao vivo. Seguidamente digo aqui no fórum que temo às vezes em dar opinião sobre as fotos porque elas dificilmente traduzem toda a realidade da planta...
Valeu amigo pelo debate, assim creio que todos crescemos e aprendemos..
Abraço
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SEKI - Élio Luis Secchi .'.
Busco a sabedoria dos mestres, mas continuarei sendo um eterno aprendiz .'.