FÓRUM do Atelier do Bonsai - Mário A G Leal

[Thiago Batista]

Pessoal, aproveitando que o nosso amigo Guilherme Cahú postou um tópico para identificação de pinheiro, gostaria também de ajuda para identificar esses aqui.

Além disso, gostaria de saber se é possível reduzir as agulhas, para melhorar a proporcionalidade, e informações quanto ao yamadori e a época certa para tal.

Essa é a árvore:


Irmã mais nova (possível yamadori):


Irmã bebê (provável yamadori):


Bom, se alguém conhece algum bonsai dessa espécie, e tiver algumas fotos, seria legal ter um norte a seguir... hehehe.

Agradeço a ajuda.

[Thiago Batista]

Hehehe... Olhando novamente as fotos, já sei de onde vou tirar pedriscos para o meu substrato... rsrs

[SEKI - Elio Luis Secchi]

Thiago, este aí é o pinus elliottii. Largamento usado em reflorestamento, assim como outros pinus de inúmeras variações. Diferentemente do pinheiro negro ou pinheiro vermelho que é usado largamente em bonsai pois tem as agulhas curtas, este aí dificilmente se consegue reduzir o tamanho das agulhas, servindo assim para fazer bonsai de maior porte, talvez de 60 cm para cima. Uma planta muito temperamental ao transplante, o que dificulta o yamadori. Há mais de 5 anos ferquento este fórum e a questão de como fazer yamadori de pinus com sucesso até hoje não teve uma resposta satisfatória. alguns dizem que deve ser retirado em pleno inverno e replantado em um substrato pobre tipo terra de barranco, e coisas assim. 'Na prática, no entanto inúmeros foristas já mataram dezenas de plantas sem sucesso. Certa vez tentei comprar mudinhas deste em canudinhos, cultivei em pequenos vasos, cheguei a dar movimento no tronco com arame e a coisa ia indo bem até que decidi plantar num recipiente maior, a fim de crescer mais. O replantio foi feito sem mexer em nada no torão, apenas assentando em outro vaso e completando. Morreram todos. Um deles que não replantei e vive à mingua no mesmo pequeno vasinho, ganhando apenas as águas da chuva, fazem dois anos e ainda não morreu, e também não cresceu.
Sugiro que pesquise um pouco mais, antes de se arriscar na empreitada a fim de não ter como certa a perda de tempo e da planta... Mas eu mesmo continuo tentando: estou aproveitando o rigoroso inverno do sul, para fazer uns yamadori e ver se a questão da época é decisiva. Vamos tentando.
abraço
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SEKI - Élio Luis Secchi .'.
Busco a sabedoria dos mestres, mas continuarei sendo um eterno aprendiz .'.

[Mcdonald]

Thiago..

De experiência própria não adianta fazer este yamadore. Fiz e acabei devolvendo depois de um ano, pois, suas agulhas não diminuem muito e o ideal para ela é como o Grande Elio falou, somente bonsais dos grandes mesmo.

Veja ai se vale a pena..
Grande abraço
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www.macdonaldfernandes.wordpress.com

[Thiago Batista]

Obrigado pela ajuda pessoal.

Bom, eu já cultivo algumas plantas que dizem ser bem difíceis, entre elas o cajueiro e o alecrim. Gosto desse tipo de desafio. Quanto ao tamanho das agulhas, não custa tentar, né? Vai que eu acho a fórmula mágica!

MC, você fez algum procedimento especial no seu yamadori?

Elio, o local onde ela está plantada, como pode ver pela foto é um cascalho bem drenante, e paupérrimo em nutrientes. Se eu conseguir mais informações sobre o yamadori, acho que vou tentar utilizar a própria terra do local para ver como me saio. Eu li em algum lugar que a raiz pivotante dos pinheiros é bem longa, e que as capilares ficam bem na ponta. Será que essa informação procede?

Mais uma vez, agradeço a ajuda dos amigos foristas.

[Thiago Batista]

Pessoal, postei ela no "minha árvore e a sua opinião". Por favor, comentem lá.

Segue o link: http://www.atelierdobonsai.com.br/forum/viewtopic.php?p=174385#174385

Um abraço.

[Luni]

Olá,

Não encontrei grande dificuldade no yamadori. Transplantei 3 e sobreviveram duas. Uma delas tem cerca de 1,10 de altura e a outra com 45cm. A maior está no processo do alporque agora.

Realmente como foi citado acima é muito dificil a redução das agulhas de tal forma que a menor que tenho transplantei para o maior vaso que tinha para engorda e crescimento vertical.

Sobre a época do ano do transplante, coletei-as no auge do verão! Mas era devido única oportunidade que tinha.

Desponiblizo fotos futuramente caso tenham interesse.

[SEKI - Elio Luis Secchi]

Luni, parabéns pelo sucesso nos yamadori do pinus. Poderia sim detalhar melhor como foi feito, além da época, substrato utilizado, se deixou torrão ou foi com raiz exposta, regas e insolação nos primeiros meses após a retirada e fotos. Seria muito interessante para todos os colegas de fórum que estão com dificuldade para ter sucesso no yamadori desta espécie.
Valeu!
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SEKI - Élio Luis Secchi .'.
Busco a sabedoria dos mestres, mas continuarei sendo um eterno aprendiz .'.

[João Paulo Batista Lyrio]

Tive a oportunidade de realizar o yamadori de uma dessas, aliás, algumas, umas 3 com uns 80cm mais ou menos, pude reparar que a pivotante realmente insiste em descer bastante, mas como eram pequenas ainda estava mais curta, e muitas capilares mais na superfície, sempre passo pelo local, um dia parei e reparei como ela está no solo, como o dia era seco, estava bem grudada, não tinha ferramenta, mas ontém, pude retirá-la, o solo estava bem húmido, qd comecei a escavar reparei que o solo estava bem solto e foi só puxá-las, veio um pedaço de pivotante uma boa quantidade de capilares e até torrão, incrível ela sai com muita facilidade. Em breve posto fotos.
Grande abraço e sucessos aí com a sua, estou no acompanhamento.

[Luni]

Elio,

Não tive tanta sorte como o João Paulo em poder realizar os transpantes num bom momento de umidade do solo. Na época, não chovia fazia muito tempo e o solo estava bem compactado.

Abri uma vala em volta da planta maior a 25 cm de distância da base. E realmente a pivotante é bem resistente e forte e foi preciso uma faa para cortá-la. Deixei os torrões nas três mudas e as transplantei assim que cheguei me casa.

Sobre o solo, bom, estava esposto também, sem camada orgânica e creio que era um nitossolo vermelho distrófico, quer dizer, ácido, baixa fertilidade e bem argiloso que deixou o torrão bem duro. Deixei meio que de molho para amolecê-lo depois.

Para o substrato, não quis traumatizar mais as plantas então usei pedrisco 40%, terra da minha composteira 10%, areia 20% e a terra original 30%. Acho que tem muito alumínio também no solo original, outro motivo para não tirá-lo da composição do substrato. Uma vez me disse uma professora que tive da agronomia que espécies lenhosas criam uma certa dependência dos solos álicos (+ de 50% de alumínio) depois de um bom tempo. Não vou explicar todo o processo químico pois não me lembro por completo! hehehehehe

Sobre insolação e rega, ficaram num corredor de casa que bate só 2 ou 3 horas de sol direto, apesar de ter boa iluminação, mas faço isso como padrão pra todas recém "yamadorizadas". E rega constante, substrato sempre umido.

Não acredito que seja uma das melhores espécies para se trabalhar devido ao tamanho das suas agulhas mas vale a experiência da forma em bonsais grandes.

As fotos ainda vou ficar devendo!

abraços.

[Thiago Batista]

Luni,

Que bom que conseguiu com sucesso. Isso me dá mais esperanças.
O solo onde a minha estava não era tão drenante como pensei. Na verdade, era tão compacto que o enxadão não penetrava. Mas isso não foi ruim, pois a pivotante não se aprofundou no solo. Todo o raizame estava a menos do que 10 cm de profundidade. Consegui tirá-lo por completo.

Transplantei-a em um substrato formado totalmente pelos pedriscos do local mesmo, que por sinal, é bem ácido também.

Abraços.

[Thiago Batista]

João,

Posta mesmo fotos da sua, para acompanharmos também. Seria legal se todos que têm experiências com essa espécie postassem as suas dores e alegrias, para que pudessemos todos aprender com os erros e acertos uns dos outros.

Abraços.

[Thiago Batista]

Elio,

Concordo contigo quando diz que poderíamos todos aprender com as postagens dos nossos colegas foristas, já que não há muita coisa sobre essa espécie no que se trata à condução com o objetivo de formarmos bonsai.

Felizmente, é uma espécie muito comum, que poderia ser uma alternativa aos pinheiros mais caros, que não encontramos dando sopa por aí, e que por vezes são uma realidade para poucos, pelo menos quando se trata de plantas mais bem formadas.

[João Paulo Batista Lyrio]

E aê primo (Batista) com certeza, aí está:

http://www.atelierdobonsai.com.br/forum/viewtopic.php?p=174795#174795

Em breve coloco como estão após da coleta, esqueci de registrar, de momento, não tinha nada para acomodá-las, então coloquei-as em umas garrafas pet, as raízes eram bem reduzidas, então pude colocar nas garrafas, vou deixar passar um tempinho mais para recuperá-las e transplantá-las pra um local maior.

[Thiago Batista]

Estão bem legais.

Vamos fazer uma corrente para torcer para que vinguem!
hehehe

Vai postando fotos lá que eu posto aqui, assim mantemos todos atualizados, ok?

Abraços.